A cidade de Barretos, localizada no interior de São Paulo, enfrenta um momento crítico de epidemia devido à rápida disseminação da dengue.
Com mais de 350 casos confirmados, centenas de pessoas aguardando o resultado de exames e internações em curso, a administração municipal declarou oficialmente estado de epidemia.
A decisão visa intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da doença, e alertar a população sobre a necessidade de prevenção imediata.
Cidade brasileira está sofrendo com grave epidemia
O avanço da dengue na cidade segue uma tendência preocupante observada em diversas regiões do país, onde o aumento das temperaturas e o acúmulo de água parada contribuem para a proliferação do vetor.
Segundo autoridades de saúde, a situação da epidemia pode se agravar nos próximos meses, já que o período entre abril e junho historicamente registra picos da doença.
Para conter a epidemia, agentes de saúde estão percorrendo os bairros e reforçando medidas de eliminação de criadouros do mosquito.
No entanto, as equipes relatam dificuldades para acessar parte dos imóveis, o que compromete a eficácia das ações e favorece a continuidade da situação de pandemia.
A orientação é clara: moradores devem permitir a entrada dos profissionais, que estão devidamente identificados com uniforme e crachá, para que o trabalho de vistoria e controle seja realizado com eficiência.
Além das inspeções domiciliares, a administração municipal tem intensificado a pulverização de inseticidas em áreas estratégicas.
No entanto, especialistas alertam que a nebulização apenas reduz a presença de mosquitos adultos, não impedindo a reprodução do Aedes aegypti.
Por isso, o combate à dengue depende fundamentalmente da eliminação de recipientes que possam acumular água, como vasos de plantas, ralos desativados e calhas entupidas.
Decreto de epidemia em Barretos agiliza identificação e tratamento de casos
Outro ponto relevante na nova estratégia adotada pelo município é a mudança no diagnóstico da doença.
A partir do decreto de epidemia, os profissionais de saúde passaram a classificar casos de dengue com base na avaliação clínica dos sintomas, sem necessidade de exames laboratoriais.
Essa medida busca acelerar a identificação e o tratamento dos pacientes, garantindo um atendimento mais ágil e eficiente.
Mesmo com o aumento expressivo de infecções, as unidades de saúde locais ainda não registram colapso.
No entanto, a preocupação é crescente, e as autoridades reforçam o apelo para que a população colabore, adotando hábitos preventivos e notificando possíveis focos de proliferação do mosquito.
Apenas com a mobilização coletiva será possível frear o avanço da pandemia de dengue e proteger a saúde da comunidade.