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China inicia construção de estação subaquática a 2 mil metros de profundidade

Por Leticia Florenço
03/06/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Reprodução

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Desde os primeiros passos na exploração espacial, como o lançamento da Salyut 1 pela antiga União Soviética em 1971, a humanidade tem investido intensamente em conquistar os céus.

No entanto, enquanto o espaço tem sido objeto de uma corrida acirrada, os oceanos permanecem um território inexplorado, com cerca de 80% do fundo marinho ainda desconhecido para a ciência, conforme dados da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA).

Paralelamente, estudos recentes indicam a presença de recursos minerais preciosos no leito oceânico, especialmente em áreas profundas, e o potencial para descobertas científicas que podem revolucionar a tecnologia e a energia.

Frente a essa realidade, a China emerge como protagonista de uma nova corrida: a exploração científica e tecnológica dos oceanos profundos.

O projeto da estação subaquática

A China iniciou a construção de um laboratório submarino no Mar do Sul da China, situado a cerca de 2.000 metros de profundidade, nas proximidades de Guangzhou. Esse empreendimento é comparado a uma “estação espacial submarina” devido às condições extremas em que funcionará e à complexidade tecnológica envolvida.

Seis cientistas serão os primeiros ocupantes da estação por períodos que podem variar de um mês a 45 dias, realizando estudos avançados sobre:

  • Ecossistemas de filtragem fria: ambientes naturais ricos em hidrato de metano, um gás que pode ser uma alternativa energética mais limpa comparada aos combustíveis fósseis tradicionais.
  • Monitoramento do ecossistema marinho: observação da biodiversidade e interações entre espécies em regiões profundas.
  • Exploração de minerais estratégicos: foco em elementos como cobalto, níquel e terras raras, essenciais para a indústria de alta tecnologia, energias renováveis e produção eletrônica.

Desafios técnicos e ambientais

A estação terá que suportar pressões até 200 vezes maiores que as da superfície terrestre. Isso exige avanços em engenharia para construir estruturas e equipamentos capazes de operar em um ambiente hostil, sem acesso à luz natural e sob temperaturas baixíssimas.

A extração de minerais e gases em grandes profundidades traz riscos ambientais significativos, incluindo a possível destruição de ecossistemas frágeis e irreversíveis.

Atualmente, a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) ainda trabalha para estabelecer regulamentações para tais atividades, enquanto grupos ambientalistas pressionam por proteção robusta dos oceanos.

Impactos geopolíticos e estratégicos

O local escolhido para a estação está em uma região já marcada por tensões geopolíticas, pois a China reivindica soberania sobre grande parte do Mar do Sul da China. Países vizinhos contestam essa reivindicação, gerando atritos que podem ser exacerbados pelo controle de recursos naturais valiosos.

Críticos apontam que a estação pode servir não apenas para pesquisas científicas, mas também como uma ferramenta para ampliar a presença militar chinesa na região, reforçando capacidades estratégicas subaquáticas, especialmente em paralelo com a presença de submarinos nucleares recentemente identificada em bases chinesas.

Tecnologia de ponta e colaboração internacional

A base estará conectada a uma rede de fibra óptica no fundo do mar, permitindo transmissão de dados em tempo real e experimentos sob condições extremas que até agora nem mesmo inteligência artificial ou veículos autônomos conseguem realizar com precisão.

Apesar das disputas, a China declara abertura para colaborações internacionais e alinha o projeto com a Década das Nações Unidas para a Restauração dos Ecossistemas, incentivando parcerias para estudo e conservação dos oceanos.

Futuro

O projeto representa um marco no avanço tecnológico e científico da exploração subaquática, abrindo caminho para:

  • Novas formas de habitação humana em ambientes extremos;
  • Desenvolvimento de tecnologias para exploração de recursos naturais com menor impacto ambiental;
  • Ampliação do conhecimento sobre ecossistemas marinhos profundos, com potencial para descobertas na biologia, química e geologia oceânica.

Enquanto o olhar da humanidade segue para as estrelas, a estação subaquática chinesa reafirma a importância do planeta azul, mostrando que os oceanos ainda guardam segredos valiosos e desafios que podem definir o futuro da ciência, tecnologia e geopolítica global.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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