Você sabia que mascar chiclete durante uma prova pode ser uma estratégia simples e eficaz para melhorar seu desempenho?
Embora pareça apenas um hábito casual, pesquisas científicas indicam que o ato de mastigar chiclete pode trazer benefícios reais para a memória de curto prazo e o foco durante momentos de alta pressão, como exames. Pesquisas realizadas em universidades renomadas, como a Universidade de Cardiff, no Reino Unido, mostram resultados animadores.
Em um experimento com 38 participantes, divididos em dois grupos, o grupo que mascava chicletes teve melhor desempenho em tarefas de memorização e respondeu de forma mais rápida a perguntas relacionadas a números e informações recentes.
Isso indica que o chiclete pode atuar diretamente na agilidade mental e na retenção temporária de informações.
Benefícios fisiológicos do chiclete para o cérebro
Mas por que mascar chiclete pode melhorar a memória? A explicação passa pela fisiologia cerebral. Estudos franceses apontam que o ato de mastigar estimula a circulação sanguínea no cérebro, aumentando o fluxo de oxigênio para os tecidos cerebrais.
Esse processo é fundamental para manter o cérebro alerta, facilitar a concentração e melhorar o raciocínio. É um efeito que lembra o benefício da atividade física regular para o cérebro, só que de forma imediata e localizada.
Redução do estresse e da ansiedade
Outro ponto importante é o impacto do chiclete no controle do estresse. A ansiedade é um dos maiores inimigos durante provas e pode prejudicar o desempenho.
Mascar chicletes ajuda a reduzir essa tensão, promovendo uma sensação de relaxamento e ajudando o cérebro a focar melhor nas questões. Assim, o estudante consegue manter a calma e evitar o bloqueio mental tão comum em momentos decisivos.
Aceleração da leitura e compreensão
Além dos efeitos na memória, o chiclete também pode acelerar o processo de leitura. Segundo o professor Alexandre Linares, que ensina Sociologia em São Paulo, mascar chicletes ocupa os músculos da mandíbula e inibe a subvocalização, aquela fala interna que temos ao ler mentalmente.
Com menos subvocalização, a leitura se torna mais rápida, sem perder a compreensão do texto. Esse ganho de velocidade pode ser crucial para responder mais questões em menos tempo.
Limitações
É importante destacar que o chiclete não substitui o estudo e a preparação. Ele é uma ferramenta auxiliar, um estímulo extra que potencializa o que foi estudado, mas não cria conhecimento do nada. Para provas extensas, como vestibulares e o Enem, a base sólida vem do planejamento e da prática contínua dos conteúdos ao longo do ano.
Para exames que duram várias horas, é fundamental adotar estratégias que mantenham o corpo e a mente em equilíbrio. O professor Linares recomenda pausas regulares durante a prova: alongamentos, alimentação leve e hidratação são essenciais para manter o desempenho.
Mascar chicletes, nesse contexto, ajuda a manter o estado de alerta entre as pausas, contribuindo para uma prova mais produtiva e menos cansativa.
Como usar o chiclete a seu favor no dia da prova
Se você quer experimentar essa técnica, algumas dicas são importantes:
- Escolha um chiclete sem açúcar para evitar picos de glicose.
- Masque moderadamente para evitar desconforto na mandíbula.
- Use o chiclete especialmente nos momentos de maior tensão e concentração.
- Combine o uso do chiclete com técnicas de estudo eficientes e preparação psicológica.
Quando usada com inteligência, pode ser aquele diferencial que garante alguns pontos extras e, quem sabe, o sucesso na prova.