A NASA atualizou recentemente as estimativas de impacto do asteroide 2024 YR4, descartando praticamente qualquer risco de colisão com a Terra.
A nova projeção reduziu a chance de impacto para 0,005%, ou uma em 26 mil, segundo dados mais precisos obtidos por meio de observações astronômicas internacionais.
Chances de asteroide atingir a Terra são atualizadas pela NASA
O 2024 YR4 foi identificado no fim de 2024 e logo chamou a atenção de cientistas por causa de sua trajetória inicial, que apontava uma possível aproximação significativa da Terra em dezembro de 2032.
No início, os cálculos indicavam um risco muito baixo, mas em determinado momento chegaram a apontar uma probabilidade de impacto de 3,1% — número incomum e que gerou preocupação entre especialistas.
A partir de novas medições, esse número caiu primeiro para 0,28% e agora praticamente foi descartado.
Com dimensões estimadas entre 40 e 90 metros, o 2024 YR4 poderia causar destruição considerável caso atingisse uma área habitada. Um objeto desse porte, dependendo do local de impacto, pode provocar desde explosões atmosféricas até colapsos estruturais em áreas urbanas.
No entanto, com os dados mais recentes, o asteroide foi reclassificado como nível 0 na Escala de Turim — ferramenta usada para medir o risco de colisões espaciais — o que significa ausência de risco relevante.
Brasil também monitora asteroides
Asteroides como o 2024 YR4 são blocos rochosos que orbitam o Sol, sendo muito menores que planetas, mas ainda assim potencialmente perigosos. Muitos cruzam rotas próximas à órbita terrestre, o que exige monitoramento constante por parte da comunidade científica.
No Brasil, esse trabalho é feito principalmente pelo Projeto IMPACTON, coordenado pelo Observatório Nacional. A iniciativa busca identificar e estudar objetos próximos à Terra a partir do Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI), em Pernambuco.
O local abriga um dos maiores telescópios do país e é parte fundamental da rede global que acompanha corpos celestes com potencial de risco.
Apesar do alívio trazido pela atualização da NASA, os astrônomos reforçam que o acompanhamento desses objetos é contínuo.
O 2024 YR4 deverá voltar a ser observado com mais precisão em 2028, quando estará novamente visível. Até lá, a vigilância permanece — não por alarme, mas por prevenção baseada na ciência.