Recentemente, uma disputa judicial envolvendo a apresentadora Ana Hickmann e o Banco Daycoval ganhou novos contornos, com o tema das assinaturas questionadas emergindo como um ponto crucial no processo. O caso, que já esteve envolvido em polêmicas, agora contate com um novo documento técnico que pode ter implicações significativas para a resolução da disputa.
O Banco Daycoval cobra de Ana Hickmann uma dívida que inicialmente era de R$ 730 mil, mas, com as atualizações de juros, já ultrapassa a marca de R$ 1 milhão. A apresentadora, por sua vez, negou ter conhecimento dessa dívida e alega que as assinaturas encontradas nos documentos que originaram o subsídio foram falsificadas. Ela afirma que sua assinatura foi manipulada para autorizar operações financeiras que ela nunca ocorreu.
Perito e o laudo técnico
Em meio a esse cenário de acusações, foi nomeado um perito judicial para analisar as assinaturas em questão. O trabalho do especialista culminou em um laudo técnico, apresentado à Justiça em 11 de fevereiro de 2025.
O documento indicava que as assinaturas encontradas nos contratos e documentos do Banco Daycoval coincidem com as assinaturas de Ana Hickmann. Ou seja, para o ponto de vista técnico, a apresentação teria, de fato, recebido os documentos, originando uma dívida de mais de R$ 1 milhão.
O laudo, com mais de 100 páginas, comparou as assinaturas questionadas com amostras fornecidas pela própria Ana Hickmann. O perito afirmou que “as evidências apoiam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados foram produzidos pela mesma pessoa que apresentou os padrões, a Sra. Ana Lúcia Hickmann Correa”.
Embora essa conclusão ainda não seja vinculativa, já causa grande impacto no andamento do processo, uma vez que pode influenciar a percepção do juiz sobre a transmissão das denúncias de fraudes.
Defesa de Ana Hickmann
A defesa de Ana Hickmann se manifestou em relação ao laudo pericial, destacando que ele ainda não foi homologado pelo juiz e que pode ser contestado nos tribunais. Além disso, a defesa ressaltou que o material possui vários vícios em sua conclusão, e o próprio Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) já havia reconhecido a falsificação de 10 assinaturas da apresentadora em outros contratos, incluindo documentos que estão sendo discutidos judicialmente.
A também alega que o Banco Bradesco desistiu de cobrar uma dívida de Ana Hickmann ao reconhecer que as assinaturas eram fraudulentas, e que o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a suspensão de processos até que as falsificações fossem completamente apuradas. Esses argumentos são apresentados como evidências de que as denúncias de fraudes podem ser verdadeiras.
Implicações do caso no contexto do divórcio de Alexandre Correa
Este caso não pode ser analisado de forma isolada, uma vez que ele se inseriu em um contexto maior de disputas envolvendo Ana Hickmann e seu ex-marido, o empresário Alexandre Correa. Em uma série de ações judiciais que seguem o conturbado detalhes, Correa foi acusado de desviar patrimônio da apresentadora e de contrair dívidas sem o seu conhecimento.
O impacto do laudo pericial sobre as assinaturas questionadas não se limita à cobrança de R$ 1 milhão do Banco Daycoval. Ele pode afetar outros processos em andamento e influência o resultado de disputas envolvendo Alexandre Correa, dado o contexto de acusações de fraudes e desvios financeiros.
Banco Daycoval
O Banco Daycoval, por sua parte, não confirma as denúncias de Ana Hickmann e defende as consequências das assinaturas, argumentando que as evidências apontam para a veracidade dos documentos. A instituição financeira baseia-se na análise técnica realizada pelo perito que indicou entre as assinaturas contestadas e as amostras fornecidas por Ana Hickmann.
No entanto, o banco também enfrentou a resistência de outras instituições financeiras, como o Banco Itaú, que já teve suas próprias perícias que atestaram a falsificação de assinaturas em contratos envolvendo a apresentadara. Isso coloca o Banco Daycoval em uma posição delicada, uma vez que, em um contexto de múltiplas fraudes e assinaturas falsas, sua própria cobrança poderia ser questionada.