Dirigir um carro bonito pode ser motivo de orgulho, mas nem sempre a estética compensa os transtornos. Muitos modelos que se destacam pelo design acabam decepcionando no desempenho, com manutenção cara, peças difíceis de encontrar e uma frequência alta nas oficinas.
Uma pesquisa da Bain & Company, baseada na plataforma NPS Prism com 17 mil consumidores brasileiros, mostrou que o visual externo e interno dos carros ganhou importância após 2020. O design externo saltou de 72% para 84% nas preferências, e o interior de 76% para 84%.
Carros lindos e problemáticos
Mesmo com consumidores mais exigentes, alguns carros continuam sendo escolhidos pelo apelo visual, mesmo que acumulem críticas no uso prático. Confira a seguir os modelos mais citados por unir beleza com dores de cabeça mecânicas:
- Caoa Chery Tiggo 3X: SUV com visual robusto e moderno. Atrai pelo design, mas recebe críticas quanto ao motor fraco, câmbio pouco eficiente e custo elevado das peças, além da dificuldade de encontrar assistência técnica especializada.
- Peugeot 206: Icônico pelo seu design alongado e arrojado, virou referência estética para a marca. No entanto, sua suspensão é frequentemente alvo de reclamações, além de problemas recorrentes de manutenção.
- Citroën C3 (nova geração): Adotou um novo design quadrado e futurista que agradou visualmente, mas o modelo sofre críticas quanto ao desempenho do motor, câmbio, suspensão e estabilidade.
- Volkswagen Amarok: Conhecida pelo porte imponente e ideal para uso rural. Apesar do estilo marcante, muitos motoristas se frustram com a performance do motor, considerada abaixo do esperado para a categoria.
- Renault Kwid: Compacto, com visual moderno e econômico, é um dos populares mais vendidos. Porém, usuários relatam fragilidade estrutural, baixa durabilidade mecânica e problemas frequentes mesmo com pouca quilometragem.
Esses exemplos reforçam que, na hora de comprar um carro, é fundamental olhar além da beleza, considerando desempenho, confiabilidade e custo de manutenção.