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Câncer de próstata avançado é raro, mas exige atenção

Por Leticia Florenço
27/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Câncer de Próstata - Reprodução

Câncer de Próstata - Reprodução

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O câncer de próstata é uma das neoplasias mais comuns entre homens, sobretudo em idade avançada. Apesar de ser conhecido pela sua característica indolente, ou seja, crescimento lento e muitas vezes silencioso, o câncer de próstata pode apresentar formas agressivas e avançadas, que demandam atenção médica rigorosa.

O termo indolente significa algo que progride de forma lenta, preguiçosa, sem causar sintomas imediatos ou efeitos rápidos. No contexto do câncer de próstata, a maioria dos tumores evolui lentamente, muitas vezes sem necessidade imediata de intervenção.

Por isso, em cerca de 30% dos casos, o paciente pode ser colocado em vigilância ativa, um protocolo de acompanhamento cuidadoso para monitorar a evolução do tumor sem tratamento invasivo imediato.

Classificação do câncer de próstata

A classificação do câncer de próstata leva em consideração:

  • O tamanho do tumor,
  • A presença de nódulos linfáticos comprometidos,
  • A existência de metástases (espalhamento para outras partes do corpo),
  • A pontuação de Gleason, que indica o grau de agressividade celular,
  • O uso do sistema PI-RADS para avaliar imagens por ressonância magnética.

Estágios:

  • Estágio 0: Tumor muito inicial, geralmente encontrado em biópsias ou exames de rotina.
  • Estágios 1 e 2: Tumores localizados apenas na próstata, podendo ser pequenos e com baixo risco.
  • Estágio 3: Tumor localmente avançado, que pode invadir tecidos próximos.
  • Estágio 4: Câncer avançado com metástases em outros órgãos, como ossos, pulmões ou fígado.

Tratamentos para câncer de próstata localizado

Quando o câncer está restrito à próstata, as opções incluem:

  • Prostatectomia radical: Remoção cirúrgica da próstata, preferencialmente por técnicas minimamente invasivas (robótica ou laparoscópica).
  • Terapia focal: Destruição do tumor usando métodos como congelamento (crioablação), calor (ablação por radiofrequência) ou eletricidade.
  • Implantes de sementes (braquiterapia): Pequenas fontes radioativas aplicadas diretamente no tumor.
  • Radioterapia externa: Uso de radiação para eliminar células tumorais.

Essas abordagens visam preservar a qualidade de vida, reduzindo efeitos colaterais e mantendo a função urinária e sexual quando possível.

Quando o câncer de próstata torna-se agressivo e metastático

Apesar da maioria dos casos ser indolente, alguns tumores apresentam comportamento agressivo, crescendo rápido e se espalhando pelo corpo. O câncer de próstata metastático geralmente se dirige preferencialmente para:

  • Ossos: Principal local de metástase, causando dor e risco de fraturas.
  • Gânglios linfáticos: Disseminação local e regional.
  • Pulmão e fígado: Em estágios mais avançados.

O caso do ex-presidente americano Joe Biden ilustra essa situação: diagnosticado com câncer de próstata de alto risco (Gleason 9) e metástase óssea, reforça que, embora raro (cerca de 8% dos casos), o câncer de próstata avançado requer tratamento intensivo.

Desigualdades raciais e acesso ao tratamento

Estudos recentes, como o publicado na Nature Reviews Urology (2024), mostram que homens negros nos EUA têm aproximadamente o dobro de risco de diagnóstico e mortalidade por câncer de próstata em comparação aos brancos.

As causas são multifatoriais, incluindo menor acesso a diagnóstico precoce, tratamento adequado e fatores socioeconômicos. Essa realidade reforça a necessidade de políticas públicas focadas em equidade na saúde.

Tratamento do câncer de próstata metastático

A principal linha terapêutica para câncer metastático é a hormonioterapia ou castração hormonal. Ela consiste na redução dos níveis de testosterona, hormônio que, embora não cause o câncer, estimula o crescimento das células tumorais.

Outras opções, dependendo do caso, incluem:

  • Cirurgia para retirada da próstata, quando viável,
  • Radioterapia, para controle local ou das metástases,
  • Quimioterapia, especialmente para tumores que resistem à hormonioterapia,
  • Terapias-alvo e imunoterapia, que vêm ganhando espaço com avanços na medicina personalizada,
  • Tratamento por medicina nuclear, quando a metástase está concentrada nos ossos, permitindo um controle prolongado da doença.

A prevenção, o diagnóstico precoce e a igualdade no acesso aos tratamentos são pilares essenciais para melhorar os desfechos dessa doença.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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