Nos últimos dias, um boato ganhou força nas redes sociais e provocou intensa discussão entre torcedores: a possibilidade de a Seleção Brasileira estrear, na Copa do Mundo de 2026, uma camisa reserva vermelha no lugar da tradicional azul.
A informação, inicialmente divulgada pelo site especializado Footy Headlines, viralizou rapidamente e dividiu opiniões. Muitos torcedores defenderam a inovação, enquanto outros consideraram a cor imprópria por não fazer parte da bandeira nacional.
Apesar da forte repercussão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desmentiu a informação, esclarecendo que não há definição oficial sobre a próxima linha de uniformes.
Ainda assim, a especulação reacendeu um debate interessante entre aqueles que defendem a mudança: se a camisa fosse vermelha, ela não seria apenas uma escolha estética, ou política como alguns sugeriram, mas também uma referência à própria origem do nome “Brasil”.
Camisa da Seleção Brasileira tem cor do significado da palavra Brasil
Isso porque o termo “Brasil” está ligado ao pau-brasil, árvore nativa da Mata Atlântica cujo interior possui uma coloração vermelha intensa.
Esse tom avermelhado, extraído do cerne da madeira, era usado como pigmento na Europa e foi um dos principais produtos explorados no início da colonização portuguesa.
O nome do país, portanto, está intrinsecamente ligado à cor vermelha — mais do que ao verde e amarelo que hoje dominam o imaginário da nação.
A polêmica começou com o vazamento de imagens não oficiais de uma camisa vermelha com manchas pretas, supostamente desenvolvida pela fornecedora Jordan. A proposta traria uma pegada urbana e influenciada pela moda do basquete, segundo os rumores.
Contudo, o modelo chamou a atenção e provocou polêmicas por ser a primeira camisa da Seleção em Copas que fugiria completamente das cores da bandeira brasileira, resultando na aposentadoria da amada camisa azul.
CBF negou mudança na cor da camisa da seleção
Diante da repercussão, a CBF publicou nota negando a autenticidade das imagens e reforçando seu compromisso com as normas estatutárias da entidade, que determinam o uso de cores presentes na bandeira do Brasil, exceto em casos específicos e comemorativos.
Na íntegra, o posicionamento da CBF sobre a camisa da seleção foi:
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que as imagens divulgadas recentemente de supostos uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não são oficiais. Nem a CBF e nem a Nike divulgaram formalmente detalhes sobre a nova linha da Seleção.
A entidade reafirma o compromisso com seu estatuto (os padrões nas cores amarelo tradicional e azul serão mantidos) e informa que a nova coleção de uniformes para o Mundial ainda será definida em conjunto com a Nike.”
Assim, pelo menos por enquanto, o vermelho segue fora de campo — mesmo que carregue, simbolicamente, o nome do próprio país.