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Cade freia decisão que pode mudar como o Google usa notícias no Brasil

Por Leticia Florenço
16/06/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Google - Reprodução/Unsplash

Google - Reprodução/Unsplash

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O caso que hoje gera expectativa e tensão no mercado digital brasileiro começou há mais de uma década.

Em 2013, surgiram as primeiras suspeitas de que o Google estaria utilizando conteúdos jornalísticos de terceiros em seus resultados de busca de maneira automatizada, prática conhecida como “scraping”, sem autorização ou remuneração aos veículos de imprensa.

Essa prática, segundo a acusação, dava ao buscador uma vantagem indevida, pois exibia trechos relevantes das notícias diretamente em sua plataforma, reduzindo os cliques nos sites de origem e, consequentemente, comprometendo suas receitas publicitárias.

Embora a investigação tenha sido arquivada em 2018, a apuração foi retomada em 2019, com foco renovado e análise mais técnica por parte da Superintendência Geral do Cade.

Como o processo chegou ao Tribunal

Em 2024, após anos de trâmite na área técnica, o processo foi encaminhado ao Tribunal Administrativo do Cade. Esta etapa é decisiva: agora, os conselheiros precisam deliberar se o caso será arquivado de forma definitiva ou se será instaurado um processo administrativo formal. Não é mais possível pedir prorrogações.

O julgamento começou com o voto do relator, Gustavo Augusto, que defendeu o arquivamento da denúncia. No entanto, logo em seguida, o conselheiro Diogo Thomson pediu vista, suspendendo o andamento do caso e adiando qualquer definição. Com isso, o tema permanece em suspenso, sem data para ser retomado.

O impacto da decisão para o mercado digital

O desfecho do julgamento pode estabelecer precedentes relevantes sobre como empresas de tecnologia utilizam conteúdo jornalístico no ambiente online.

Se o Cade decidir abrir o processo e, eventualmente, condenar o Google, poderá aplicar sanções financeiras e exigir mudanças estruturais na forma como a empresa exibe resultados de busca envolvendo notícias. Isso incluiria possíveis exigências de remuneração aos produtores de conteúdo ou limitações na exibição de trechos informativos diretamente nas buscas.

Por outro lado, o arquivamento do caso consolidaria a atual forma de operação do Google, legitimando a prática do “scraping” no Brasil e deixando a regulação do tema nas mãos do Congresso ou de novos projetos legislativos.

A repercussão internacional e os exemplos globais

A disputa entre plataformas digitais e produtores de conteúdo jornalístico não é exclusiva do Brasil. Países como Austrália, Canadá e membros da União Europeia já avançaram em legislações que obrigam gigantes da tecnologia a pagar por conteúdo jornalístico.

Em alguns casos, como na Austrália, essas regras resultaram em acordos financeiros com empresas de mídia. No Canadá, a exigência legal gerou atritos com empresas como Google e Meta, que chegaram a bloquear o compartilhamento de notícias nas plataformas.

Esses episódios mostram que a discussão é complexa e envolve interesses econômicos, liberdade de informação e sustentabilidade do jornalismo.

Possíveis caminhos após a suspensão

A suspensão do julgamento não significa o fim da discussão. O conselheiro Diogo Thomson terá um tempo adicional para analisar o processo antes de devolver o caso ao plenário. A partir daí, os demais conselheiros votarão, e a maioria simples decidirá o futuro do caso.

Ainda que o processo seja arquivado, ele já provocou intenso debate no setor e pode gerar novas propostas regulatórias no Congresso Nacional. A decisão do Cade, seja qual for, terá peso simbólico e prático para o futuro da relação entre plataformas digitais e os meios de comunicação no Brasil.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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