O casal de brasileiros Rafael Novaes Seirafe, de 40 anos, e Beatriz Rapoport de Campos Maia, de 29 anos, viveu momentos de tensão no Aeroporto Internacional de Miami ao serem detidos após um desentendimento com funcionários da companhia aérea American Airlines.
Vale lembrar que o incidente, ocorrido no último fim de semana, transformou as férias planejadas para Cancún, no México, em uma batalha judicial e emocional para retornar ao Brasil.
Brasileiros presos após confusão com companhia aérea
De acordo com informações da defesa do casal, o problema começou no momento do embarque para Cancún.
Rafael e Beatriz haviam comprado assentos na saída de emergência da aeronave, mas foram questionados pela equipe da companhia aérea sobre sua fluência em inglês, já que, segundo as normas americanas, passageiros nessas poltronas precisam compreender e transmitir instruções em caso de emergência.
O casal afirma que sempre ocupou esse tipo de assento em voos anteriores e que a exigência não foi informada no momento da compra. Ainda assim, segundo o relato de Rafael, a atendente insistiu que apenas passageiros fluentes poderiam sentar nesses lugares. A solução oferecida foi separar o casal em voos diferentes, o que gerou protestos por parte dos brasileiros.
A situação escalou rapidamente. Segundo vídeos que circulam nas redes sociais, Rafael foi detido por policiais no portão de embarque e imobilizado no chão. Já a imprensa local informou que o casal teria jogado café contra um funcionário da companhia aérea, algo que os brasileiros negam categoricamente.
De acordo com a defesa, Beatriz segurava um copo de café no momento da confusão, mas a bebida teria sido derrubada após um empurrão.
Tentativa de retorno ao Brasil e batalha judicial
Após passarem a noite na prisão, Rafael e Beatriz foram liberados mediante pagamento de fiança, mas ainda enfrentam desafios para voltar ao Brasil. Além da proibição de embarcar em voos da American Airlines, o casal alega dificuldades para localizar suas bagagens, que teriam sido enviadas diretamente para Cancún sem qualquer comunicação oficial.
O advogado Guilherme Hayama informou que medidas judiciais serão tomadas contra a companhia aérea, alegando abuso e desrespeito aos direitos dos passageiros. Segundo ele, os brasileiros foram vítimas de um tratamento indevido, o que gerou transtornos físicos e emocionais.