Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB), o país possui um dos maiores potenciais minerais do planeta, com destaque para as chamadas terras raras, um grupo de 17 elementos químicos fundamentais para o desenvolvimento de tecnologias de ponta.
Presentes em produtos como smartphones, turbinas eólicas, veículos elétricos e sistemas de energia renovável, esses minerais são considerados estratégicos para a transição energética e a segurança industrial em escala global.
É importante mencionar que, apesar da abundância desses elementos no subsolo nacional, a exploração de terras raras no Brasil ainda é limitada. Estima-se que apenas 35% do território brasileiro tenha sido mapeado geologicamente para esse fim, o que restringe a expansão da cadeia produtiva.
Além disso, os desafios ambientais, técnicos e regulatórios têm freado o avanço desse mercado, que pode agregar até R$ 243 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB), conforme projeções de especialistas do setor.
Outro detalhe importante é que o Brasil também tem potencial para se destacar em outros minerais estratégicos, como o cobre e o urânio. Ambos são cruciais para a eletrificação e para o fornecimento de energia nuclear, respectivamente. A combinação desses fatores coloca o país em uma posição estratégica para atrair investimentos e liderar a nova economia verde.
Oportunidades econômicas de produto raro
O governo federal tem se mostrado comprometido em impulsionar o setor, com promessas de revisão do marco regulatório da mineração e estímulo à pesquisa e desenvolvimento. Parcerias com universidades e centros tecnológicos são vistas como fundamentais para viabilizar a extração sustentável desses recursos.
Vale mencionar que a presença de elementos como o tório e o urânio em depósitos de terras raras exige técnicas específicas de separação e gestão de resíduos, tornando a operação mais complexa.
Além disso, a infraestrutura necessária para transportar e processar os minérios, como ferrovias, rodovias e portos, ainda é considerada insuficiente, especialmente nas regiões mais promissoras, como o Norte e o Centro-Oeste. Investimentos em logística e energia são, portanto, decisivos para tornar o setor mais competitivo.