O comércio ilegal de bebidas alcoólicas falsificadas tem se destacado como um dos setores mais prejudicados no mercado clandestino brasileiro. De acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), em 2024, as perdas econômicas relacionadas a esse segmento chegaram a cerca de R$ 85 bilhões, posicionando-o entre os mais afetados pelas práticas ilícitas.
As falsificações nesse mercado incluem adulterações variadas, como a diluição com líquidos de qualidade inferior, reutilização de embalagens e a aplicação de rótulos falsos. Essas práticas causam não só danos financeiros significativos às empresas legítimas, mas também colocam em risco a saúde dos consumidores.
Bebidas alcoólicas falsificadas
Por não passarem pelo controle sanitário oficial, essas bebidas alcoólicas não têm garantia quanto à sua composição ou segurança. Por isso, recomenda-se que os consumidores comprem apenas em estabelecimentos formais, solicitando nota fiscal e certificações oficiais para evitar riscos à saúde e prejuízos financeiros.
Agências reguladoras, como a Vigilância Sanitária e os Procons estaduais, têm reforçado a fiscalização tanto em lojas físicas quanto em plataformas digitais, especialmente marketplaces, onde a venda ilegal é mais comum.
Esses órgãos orientam os consumidores a desconfiar de indícios de falsificação, como preços muito abaixo do valor de mercado, ausência dos selos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além de lacres rompidos ou rótulos com erros de grafia ou impressão.
Impacto financeiro
Além do impacto econômico total, que chegou a R$ 327 bilhões em 2024 no mercado ilegal, a arrecadação de impostos sofreu um prejuízo superior a R$ 140 bilhões, segundo dados do FNCP. Essa perda tributária prejudica a capacidade do governo de investir em áreas essenciais e de criar empregos.
Além disso, especialistas alertam que o comércio de bebidas alcoólicas falsificadas está frequentemente ligado à lavagem de dinheiro realizada por organizações criminosas, que exploram esse segmento para financiar suas atividades ilegais.