Um astronauta norte-americano que passou quase seis meses orbitando o planeta afirmou, em entrevista recente, que muitas das verdades que acreditamos sobre a vida na Terra não passam de ilusões.
Ron Garan, ex-integrante da NASA, esteve por 178 dias a bordo da Estação Espacial Internacional e compartilhou suas reflexões sobre o que viu — e, mais profundamente, sobre o que sentiu ao observar a Terra de uma perspectiva inédita para quase todos nós.
Astronauta da NASA diz que tudo que sabemos é uma mentira
Segundo Garan, ver o planeta do espaço alterou radicalmente sua percepção sobre o mundo. Lá de cima, não existem fronteiras políticas, nem divisões entre países. A Terra aparece como um único organismo vivo, sustentado por uma camada atmosférica incrivelmente fina.
Ele descreve essa visão como uma revelação: percebeu que a ideia de que estamos separados do ambiente ao nosso redor é, em suas palavras, uma “mentira que nos custa caro”.
Ao testemunhar o funcionamento do planeta como um sistema unificado, Garan diz ter compreendido que tudo está profundamente conectado: os seres humanos, os animais, as florestas, os oceanos e até o clima.
Nada existe de forma isolada. As ações humanas impactam diretamente esse equilíbrio delicado — e, portanto, ignorar essa interdependência coloca em risco toda a rede da vida.
Essa experiência, relatada por vários astronautas e conhecida como “Overview Effect”, despertou em Garan um senso de responsabilidade urgente.
O que defende o astronauta após experiência no espaço?
Para ele, muitos dos maiores problemas globais, como a crise climática e a destruição dos ecossistemas, têm origem em uma visão fragmentada da realidade.
Ao pensarmos que o meio ambiente é algo separado de nós, tratamos os recursos naturais como inesgotáveis e subestimamos as consequências de nossos atos.
Garan argumenta que essa desconexão cultural e mental precisa ser superada. Ele defende uma reorganização das prioridades humanas, colocando o planeta como base de toda atividade econômica e social.
Em sua visão, não se trata apenas de proteger o meio ambiente — mas de reconhecer que a própria sobrevivência da humanidade depende disso.
Desde que deixou a NASA, o ex-astronauta tem se dedicado a iniciativas de sustentabilidade e educação global. Seu objetivo é simples, embora ambicioso: ajudar mais pessoas a enxergar o mundo como ele realmente é — um sistema único, frágil e interligado. E lembrar que a responsabilidade por sua preservação está nas mãos de todos.