Moradores de bairros da zona leste de São Paulo, como Itaquera e Parque do Carmo, têm vivido momentos de medo devido ao aumento do aparecimento de aranhas de grande porte dentro de casas e condomínios. O fenômeno tem causado preocupação e dúvidas sobre as razões desse surto e os riscos envolvidos.
Os relatos indicam que as aranhas aparecem com mais frequência em imóveis próximos a áreas de mata e terrenos com vegetação densa, como o Jardim Helian e Gleba do Pêssego. Os novos condomínios construídos nessas regiões também têm registrado avistamentos constantes desses aracnídeos.
Reações e relatos dos moradores
Nas redes sociais, moradores compartilham imagens e relatos que revelam o pânico generalizado. Há casos de crianças que foram picadas e necessitaram de atendimento médico, o que aumentou ainda mais a apreensão na comunidade.
A presença das chamadas “armadeiras”, aranhas conhecidas pelo veneno forte e comportamento agressivo, intensifica o medo.
Causas do fenômeno
Especialistas do Instituto Butantan explicam que a construção de condomínios e casas em áreas antes cobertas por vegetação faz com que as aranhas migrem para quintais, gramados e até para dentro das residências.
O momento coincide também com a época de reprodução dos machos, que se tornam mais ativos e acabam invadindo ambientes humanos. A vegetação densa e o acúmulo de entulhos favorecem o abrigo e a alimentação desses aracnídeos.
Medidas de prevenção e cuidados
Para evitar acidentes, é importante manter quintais, jardins e garagens limpos, sem folhas secas e entulhos. Vedar frestas nas portas e janelas, usar luvas e calçados ao limpar áreas externas e, em caso de encontrar uma aranha, não tentar matar, mas capturá-la para encaminhar aos órgãos competentes.
Caso alguém seja picado, o atendimento médico imediato é fundamental.
O aumento da presença dessas aranhas na zona leste evidencia a necessidade de um equilíbrio entre o crescimento urbano e a preservação ambiental. A conscientização dos moradores sobre a fauna local e os cuidados adequados podem ajudar a minimizar riscos e garantir uma convivência mais segura.