A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou na última quarta-feira (23) os resultados da análise de 41 suplementos de creatina, de 29 fabricantes nacionais. O levantamento apontou que apenas uma marca apresentou teor abaixo do padrão estabelecido.
A investigação da Anvisa avaliou três critérios principais: teor de creatina, rotulagem e presença de matérias estranhas. A maioria das amostras apresentou resultados satisfatórios.
De acordo com a agência, todos os produtos estavam dentro da faixa permitida quanto à concentração de creatina, exceto um. O nome da marca não foi divulgado, pois o caso está em apuração administrativa.
Teor mínimo exigido
Para estar em conformidade, o suplemento deve apresentar teor de creatina com variação inferior a 20% do valor declarado no rótulo. Além disso, deve conter, no mínimo, 3.000 mg da substância.
Todas as amostras foram coletadas no segundo semestre de 2024, em fábricas localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo.
A Anvisa informou que não foram identificadas substâncias estranhas nos produtos. Portanto, não há risco à saúde que exija ação imediata de fiscalização. Contudo, várias marcas apresentaram problemas de rotulagem.
Erros comuns nos rótulos
As principais falhas encontradas foram:
- Alegações não autorizadas sobre os benefícios do produto.
- Textos e imagens que podem induzir o consumidor ao erro.
- Tabela nutricional fora do padrão ou ausente.
- Frequência de consumo e número de porções não indicados.
- Ausência das quantidades de açúcares totais e adicionados.
O que é a creatina?
A creatina é uma substância produzida naturalmente pelo organismo e armazenada nos músculos. Também está presente em alimentos como carne vermelha, leite e peixes. O suplemento é amplamente usado por quem busca melhorar força, resistência muscular e recuperação física.