O renomado tenor italiano Andrea Bocelli, uma das maiores vozes da música clássica mundial, desembarca no Brasil em 2024 para celebrar os 30 anos de sua consagrada carreira com uma turnê comemorativa. Com quatro apresentações marcadas, Bocelli passará por Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. No entanto, o alto valor dos ingressos tem sido o principal assunto em torno dessa aguardada visita.
Os preços chegam a ultrapassar os R$ 4 mil em algumas categorias, provocando reações intensas nas redes sociais. Para muitos fãs, o custo é proibitivo, dificultando o acesso a um espetáculo de tamanha relevância cultural. Até mesmo categorias que deveriam promover inclusão, como a “Meia Jovem Baixa Renda”, apresentam valores altos — em torno de R$ 1.650. A disparidade gerou memes e críticas na internet.
No Twitter, uma usuária ironizou a situação, questionando se algum ingresso “Meia Jovem Baixa Renda” foi realmente vendido. O comentário reflete a indignação de grande parte do público que, apesar da admiração por Bocelli, considera os preços abusivos.
Por outro lado, há quem defenda os valores, argumentando que a grandiosidade do artista e a produção de alto nível justificam os custos elevados. Bocelli, afinal, é vencedor de cinco BRIT Awards e três Grammys, além de ter uma carreira marcada por nove óperas completas e álbuns que venderam milhões de cópias mundialmente.
Datas e locais dos shows no Brasil
As apresentações de Bocelli no Brasil ocorrerão nas seguintes datas:
- 17 de maio de 2024: Estádio Mineirão, Belo Horizonte (MG)
- 21 de maio de 2024: Arena BRB Mané Garrincha, Brasília (DF)
- 25 de maio de 2024: Allianz Parque, São Paulo (SP) – Data extra
- 26 de maio de 2024: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Essa será a sexta passagem do tenor pelo país, cuja última visita aconteceu em 2018. Na ocasião, Bocelli lotou todas as apresentações, mesmo com ingressos também considerados caros.
Repensando o acesso à cultura
Apesar do prestígio de Bocelli e a expectativa dos fãs, o debate sobre o acesso à cultura volta à tona. Especialistas e internautas apontam que iniciativas para democratizar a música clássica, como preços mais acessíveis ou políticas inclusivas, são fundamentais.
Enquanto isso, a turnê segue como um marco para os admiradores do tenor no Brasil, embora seu custo limite a presença de muitos fãs que sonhavam em vivenciar esse espetáculo único.