Segundo a Alzheimer’s Association, alterações na fala podem ser um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer, uma condição neurológica progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Dificuldades para encontrar palavras, uso de termos incorretos e hesitações constantes durante conversas estão entre os sintomas que podem surgir ainda nas fases iniciais da enfermidade.
No Brasil, o diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento tenha maior impacto. Isso porque, ainda que não haja cura, as intervenções terapêuticas, medicamentosas ou não, conseguem retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus cuidadores.
Outro detalhe importante é que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte por meio de centros especializados, que incluem acompanhamento multiprofissional e acesso a medicamentos aprovados pela Anvisa, como o donanemabe (Kisunla), voltado para os estágios leves da doença.
Vale mencionar que a linguagem costuma ser um dos primeiros domínios cognitivos afetados pelo Alzheimer. A dificuldade em nomear objetos, seguir conversas ou organizar pensamentos pode ser confundida com simples distração, mas exige atenção, especialmente em pessoas acima de 60 anos.
Outros sintomas do Alzheimer
Além dos sinais na fala, o Alzheimer pode se manifestar por meio de alterações comportamentais e cognitivas mais amplas, como lapsos de memória recente, desorientação em ambientes familiares e mudanças de personalidade, como irritabilidade, apatia ou ansiedade.
Com o avanço da doença, sintomas físicos também podem surgir, como dificuldade para engolir, perda de mobilidade e incontinência.
É importante mencionar que o tratamento do Alzheimer deve ser individualizado e orientado por profissionais especializados. O SUS garante acesso a medicamentos como Rivastigmina e Donepezila, que atuam na melhora das funções cognitivas.
Já o medicamento Memantina é indicado para fases moderadas a graves. Outro detalhe importante é que as abordagens não medicamentosas, como reabilitação cognitiva, terapia ocupacional e apoio psicológico, são fundamentais para preservar a autonomia dos pacientes por mais tempo.
Com isso, identificar precocemente sinais como alterações na fala pode ser decisivo. A Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) disponibiliza recursos, informações e grupos de apoio para familiares e cuidadores.