Mesmo com a concorrência acirrada, a Netflix continua sendo a líder global no mercado de streaming. No Brasil, a plataforma encerrou o último trimestre de 2024 com 25% de participação, conforme levantamento do site JustWatch.
Outros serviços também disputam espaço no setor: o Amazon Prime Video ocupa a segunda posição com 20%, seguido por Disney+ (15%), Max (13%), Globoplay (12%), Apple TV+ (7%) e MUBI (3%). Embora siga no topo, a pesquisa indicou uma leve queda na base de assinantes da Netflix ao longo do ano, ao passo que concorrentes como Amazon Prime Video e Disney+ registraram crescimento no período.
Poder da Netflix
Ao contrário de alguns concorrentes, a Netflix adota uma estratégia mais conservadora em relação a promoções, evitando grandes descontos. A empresa considera que reduções expressivas podem diminuir a percepção de valor do serviço e resultar em cancelamentos quando os preços retornam ao valor original.
De acordo com especialistas do instituto MoffettNathanson, a Netflix tem potencial para alcançar uma margem operacional de 40% até 2040, fortalecendo ainda mais sua posição no setor de streaming. Para 2025, a empresa já projeta uma margem de 29%, superior aos 26,7% registrados no ano anterior.
Receita da plataforma
A Netflix segue uma estratégia bem definida para precificação de seus planos. Nos Estados Unidos, a assinatura sem anúncios teve um aumento de US$ 15,49 para US$ 17,99, um reajuste considerado elevado. No entanto, especialistas apontam que a força do catálogo e o alto engajamento dos usuários sustentam essa decisão.
Para ampliar sua receita, a empresa tem intensificado os investimentos em conteúdo original e aprimorado suas estratégias de publicidade. Uma das medidas adotadas foi a criação de um plano com anúncios, permitindo que novos assinantes tenham acesso ao serviço por um valor mais acessível. O modelo tem demonstrado bons resultados, e analistas do MoffettNathanson projetam que a receita publicitária da plataforma ultrapasse US$ 6 bilhões em 2027 e se aproxime dos US$ 10 bilhões até 2030.