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Maior cemitério de navios do mundo é completamente assustador

Por Karoline Calumbi
27/12/2024
Em Mais Tendências
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Localizado em Alang, na Índia, o maior cemitério de navios do planeta é um cenário que mistura a miséria humana com graves impactos ambientais. Anualmente, cerca de 700 grandes embarcações – entre cargueiros, petroleiros e transatlânticos de luxo – chegam ao local para serem desmanteladas, recicladas e transformadas em ferro-velho. Porém, o processo que ocorre nessas praias é chocante e indignante, revelando um dos maiores exemplos de exploração no mundo contemporâneo.

Alang é conhecida por seu gigantesco desmanche naval, que recebe navios de todo o mundo, mas o método utilizado para desmontá-los é incrivelmente primitivo e perigoso. Milhares de trabalhadores, muitos deles quase em condição de escravidão, são responsáveis por demolir os navios com as próprias mãos.

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O trabalho é árduo e feito manualmente, sem o uso de maquinário moderno, o que torna o processo não apenas demorado, mas também extremamente arriscado. Um simples pedaço de aço, por exemplo, pode pesar até meia tonelada e precisa ser transportado, em alguns casos, carregado por dezenas de homens, que atravessam lamaçal durante as marés baixas.

A maioria dos trabalhadores de Alang recebe menos de R$ 15,00 por dia, em jornadas que podem ultrapassar as 14 horas, e as condições de segurança são quase inexistentes. Equipamentos de proteção, como luvas e capacetes, são raros, e o risco de acidentes é constante.

O desmanche é feito com o auxílio de maçaricos, e os trabalhadores ficam expostos a faíscas e vapores tóxicos, sem o básico de proteção, como óculos de segurança. Casos de acidentes são comuns, e, em muitos momentos, o hospital mais próximo está a mais de 50 quilômetros de distância.

Impactos ambientais graves do cemitério de navios

Além das condições desumanas de trabalho, o desmanche de navios em Alang também gera danos ambientais imensos. Os navios, muitas vezes, não são devidamente descontaminados antes de serem enviados para o local. Resíduos tóxicos, como o amianto, que é amplamente utilizado nas embarcações mais antigas, representam um perigo à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente local. O vazamento de substâncias poluentes também é frequente, contribuindo para a degradação do ecossistema costeiro da região.

A hipocrisia da globalização

Este cenário trágico em Alang reflete o que muitos consideram o lado sombrio da globalização. Enquanto países desenvolvidos se livram de seus navios velhos, jogando-os em locais como Alang, as consequências da exploração e do impacto ambiental ficam para as nações mais pobres. Este modelo de desmanche, que pode ser até cem vezes mais barato do que nos países ocidentais, representa uma realidade cruel e incansável que continua a ser ignorada por muitas partes do mundo.

Alang, como o maior cemitério de navios do mundo, é um retrato sombrio da exploração no mercado global e dos abusos que ainda persistem nas indústrias que envolvem trabalhadores de baixo custo em condições desumanas.

Karoline Calumbi

Karoline Calumbi

Jornalista pela UFRRJ, universidade da baixada do Rio de Janeiro. Apaixonada pela profissão e dedicada em diariamente informar e entreter os leitores.

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