A elevação do nível do mar, resultado das mudanças climáticas, representa um risco cada vez maior para cidades litorâneas em todo o mundo. Pesquisas apontam que localidades como Santos, Rio de Janeiro e Atafona, no Brasil, podem enfrentar graves consequências até 2050, incluindo alagamentos, erosão costeira e o deslocamento de comunidades.
Desde o início do século XX, o nível do mar já aumentou entre 18 e 20 cm, sendo que, somente desde 1993, essa elevação foi de 7 cm, segundo o Climate Science Special Report (CSSR). O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – ONU) prevê que, caso as emissões de gases de efeito estufa sejam controladas e a temperatura global não ultrapasse 2°C acima dos níveis pré-industriais, o avanço do mar poderá ficar entre 20 e 30 cm até 2050 e alcançar de 43 a 50 cm até 2100.
Avanço do mar nas cidades
Por outro lado, caso as ações de contenção não sejam eficazes, o nível do mar pode superar 2 metros até o fim do século e chegar a 5 metros nos séculos seguintes, tornando vastas regiões inabitáveis. Esse avanço ameaça estruturas urbanas, afeta a economia e diminui o espaço habitável, demandando medidas urgentes para minimizar seus impactos.
Diversas cidades já implementam medidas para enfrentar a elevação do nível do mar. Em Santos, por exemplo, estão sendo construídas barreiras submersas e promovida a recuperação de ecossistemas naturais para reduzir a erosão. Já os Países Baixos, com longa experiência no combate a inundações, seguem desenvolvendo e aperfeiçoando tecnologias para proteger suas regiões costeiras.
Embora essas ações sejam importantes, especialistas ressaltam que, sem uma redução expressiva nas emissões de gases de efeito estufa, elas não serão suficientes para conter os impactos a longo prazo. Para mitigar os danos e assegurar um futuro mais seguro, será essencial fortalecer a cooperação global e investir no desenvolvimento de soluções sustentáveis.