Um estudo recente, publicado na revista Gut, indica que a dieta pode influenciar a habilidade do corpo em combater o câncer, especialmente o câncer colorretal. A pesquisa relacionou altos níveis de ácidos graxos ômega-6, presentes em óleos de sementes como soja, milho e girassol, ao aumento da inflamação, o que pode favorecer o surgimento de tumores no cólon.
Embora os ácidos graxos ômega-6 sejam fundamentais para a saúde, o consumo em excesso pode levar à formação de moléculas inflamatórias, favorecendo a inflamação crônica, um fator relevante no desenvolvimento do câncer.
Dados do câncer
Nos últimos 50 anos, o consumo de ômega-6 aumentou em 136%, enquanto o de ômega-3 diminuiu. Esse desequilíbrio tem sido relacionado ao crescimento das taxas de câncer, especialmente o colorretal, que tem registrado um aumento entre indivíduos com menos de 50 anos.
Um estudo da Sociedade Norte-Americana de Câncer destaca o elevado número de casos de câncer de início precoce, especialmente em países ocidentais. No Brasil, pesquisa realizada pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) apontou um aumento de 15% nos casos entre jovens adultos.
Prevenção na alimentação
Pesquisas mostram que a geração Y tem o risco dobrado de desenvolver câncer colorretal em relação aos nascidos em 1950. Especialistas sugerem aumentar o consumo de ômega-3, encontrado em peixes gordurosos e sementes de linhaça, e reduzir a ingestão de ômega-6, evitando alimentos ultraprocessados e optando por opções minimamente processadas.
- Alimentos in natura e minimamente processados: Mantêm seus nutrientes essenciais e são opções mais saudáveis.
- Alimentos processados: Contêm adição de substâncias como sal e açúcar.
- Alimentos ultraprocessados: São ricos em calorias e aditivos, sendo mais prejudiciais à saúde.
Um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition revelou que a ingestão adequada de vitamina B9 (folato) pode reduzir o risco de câncer colorretal em até 7%. Realizado pelo Imperial College London, o estudo analisou dados de mais de 70 mil pessoas e constatou que consumir 260 microgramas adicionais de folato diminui esse risco.
O folato, encontrado em alimentos como espinafre, repolho e brócolis, é importante não apenas na prevenção do câncer, mas também na produção de glóbulos vermelhos e na saúde de mulheres grávidas ou em planejamento familiar.