Uma das redes de restaurantes mais conhecidas dos Estados Unidos passou por uma grave crise financeira que culminou em sua falência. Com uma dívida de mais de R$ 1 bilhão (US$ 300 milhões), a empresa precisou buscar alternativas para se manter operando.
Agora, em 2025, sob nova administração, ela aposta em mudanças estratégicas para recuperar sua posição no mercado.
Dívida de R$ 1 bilhão faz rede famosa de restaurantes ir à falência
A rede em questão é a Red Lobster, famosa por seus pratos de frutos do mar. Fundada em 1968, a marca conquistou gerações de clientes, tornando-se um dos nomes mais tradicionais do setor.
No entanto, os desafios financeiros se acumularam ao longo dos anos, resultando no pedido de recuperação judicial.
A crise se intensificou devido a uma série de fatores, incluindo más decisões administrativas, aumento dos custos operacionais e dificuldades na cadeia de suprimentos.
Em 2023, uma aposta malsucedida em um programa de camarão à vontade por 20 dólares contribuiu para perdas significativas, agravando a situação da empresa.
Quando entrou com pedido de falência, a Red Lobster já havia perdido cerca de 30% de sua clientela em relação a 2019.
Agora, com um novo plano de reestruturação, a rede tenta se reinventar. Sob o comando de Damola Adamolekun, ex-executivo da P.F. Chang’s, a empresa recebeu um aporte de US$ 60 milhões (mais de R$ 300 milhões) para modernizar suas operações e reformular o cardápio.
Entre as estratégias adotadas pela rede de restaurante, estão a reintrodução de pratos populares e o desenvolvimento de novas opções para atrair consumidores de diferentes perfis.
A ascensão e queda da rede de restaurantes
A trajetória da Red Lobster começou na Flórida, quando Bill Darden fundou o primeiro restaurante com a proposta de oferecer frutos do mar de qualidade a preços acessíveis.
O sucesso foi imediato, e em 1970 a rede foi adquirida pela General Mills, dando início a um processo de expansão nacional. Nos anos 1990, a empresa já possuía mais de 700 unidades e se consolidava como uma referência no segmento.
No entanto, dificuldades financeiras surgiram no início dos anos 2000, levando à venda da marca em 2014 para o fundo de private equity Golden Gate Capital.
A transação incluiu um esquema de venda e arrendamento dos imóveis, o que gerou despesas fixas elevadas e limitou a capacidade de investimento.
A crise se aprofundou com a pandemia de Covid-19, reduzindo drasticamente o fluxo de clientes e impactando a receita. O cenário levou a Thai Union Group, empresa asiática que já era fornecedora da Red Lobster, a assumir o controle da rede em 2020.
No entanto, decisões estratégicas equivocadas, como cortes de custos e mudanças na cadeia de fornecedores, comprometeram ainda mais os resultados.
Agora, a nova administração tenta reverter o cenário. A estratégia inclui modernização dos restaurantes, melhoria no atendimento e um menu reformulado para recuperar a fidelidade dos clientes.
O desafio, no entanto, é grande: equilibrar tradição e inovação para manter a marca competitiva em um mercado cada vez mais desafiador.