O Vaticano confirmou na última terça-feira, dia 18 de fevereiro, que o papa Francisco foi diagnosticado com pneumonia bilateral e enfrenta um quadro clínico considerado complexo.
Internado há seis dias no hospital Gemelli, em Roma, o pontífice, de 88 anos, tem sua saúde monitorada de perto pelos médicos.
A notícia gerou preocupação entre fiéis da Igreja Católica e autoridades religiosas, uma vez que a condição pode ser grave, especialmente em pessoas idosas com histórico de problemas respiratórios.
Diagnóstico atualizado do papa Francisco deixou todos assustados
De acordo com fontes do Vaticano que falaram com as agências AFP e Reuters, o papa Francisco respira sem o auxílio de aparelhos, mas os médicos não descartam a possibilidade de que ele necessite de suporte mecânico caso seu estado piore.
Apesar da gravidade da doença, ele tem conseguido se movimentar, sentando-se em uma poltrona e interagindo com sua equipe médica. Nos últimos dias, inclusive, manteve contato telefônico com uma paróquia localizada em Gaza.
Um comunicado oficial divulgado pelo Vaticano nesta quarta-feira (19) destacou que o pontífice passou a noite de forma tranquila e conseguiu tomar seu café da manhã normalmente.
Entretanto, o hospital segue monitorando de perto sua evolução, dado o risco de complicações decorrentes da infecção polimicrobiana que afeta suas vias respiratórias.
Os médicos informaram ainda que o coração do papa Francisco está funcionando bem, um fator positivo diante do quadro clínico delicado.
Diante da internação prolongada e da necessidade de repouso absoluto, todos os compromissos do papa foram suspensos, incluindo a audiência geral prevista para hoje (19).
Até o momento, ainda não há previsão para alta hospitalar do pontífice, e um novo comunicado oficial do hospital deve ser divulgado pelo Vaticano mais tarde, ainda nesta quarta-feira.
O histórico de saúde do papa Francisco
Não é a primeira vez que a saúde do papa Francisco gera preocupação. Ao longo dos anos, ele enfrentou várias condições médicas que impactaram seu bem-estar.
Ainda jovem, sofreu de pleurisia, uma inflamação na pleura, o que resultou na remoção parcial de um de seus pulmões. Mais recentemente, passou por cirurgias, incluindo um procedimento para tratar uma hérnia abdominal em 2023.
Além disso, ele enfrenta crises recorrentes de dor ciática e gripes frequentes, que costumam afetar sua mobilidade e compromissos oficiais.
No início deste mês, o papa Francisco já havia demonstrado dificuldades respiratórias e precisou delegar a leitura de discursos a um assessor durante algumas cerimônias religiosas.
Inicialmente diagnosticado com bronquite, seu estado evoluiu para uma infecção respiratória mais séria, levando à necessidade de internação.
O que é a pneumonia bilateral e quais são seus riscos?
A pneumonia bilateral, doença enfrentada pelo papa Francisco, ocorre quando ambos os pulmões são afetados por uma infecção, o que pode comprometer significativamente a capacidade respiratória do paciente.
Essa condição é frequentemente causada por bactérias, vírus ou fungos e pode ser agravada pela inalação de substâncias tóxicas.
No caso do papa Francisco, a infecção polimicrobiana indica a presença de diferentes agentes patogênicos, tornando o tratamento ainda mais complexo.
Essa doença é especialmente preocupante em idosos, pois o sistema imunológico tende a ser menos eficiente na resposta às infecções. Além disso, históricos de problemas pulmonares podem aumentar o risco de complicações.
Entre os sintomas mais comuns da pneumonia bilateral estão febre alta, falta de ar, dor torácica e cansaço extremo, e o tratamento varia conforme a origem da infecção.
No caso de pneumonia bacteriana, são administrados antibóticos, enquanto a forma viral requer cuidados sintomáticos e repouso. Se a doença não for tratada adequadamente, pode levar a insuficiência respiratória e até mesmo à morte.
Diante desse cenário, o mundo segue em alerta quanto à recuperação do papa Francisco, com fiéis de todo o mundo enviando mensagens de esperança e orações pelo líder da Igreja Católica.