A onda de calor que já impacta diversas regiões do Brasil deve se intensificar e persistir até o dia 24 de fevereiro de 2025, segundo previsões meteorológicas do Climatempo. O fenômeno, que resulta no aumento significativo das temperaturas, terá efeitos mais acentuados no Centro-Oeste, especialmente em estados como Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal.
De acordo com dados recentes divulgados por especialistas, a onda de calor deve atingir temperaturas entre 5°C e 7°C acima da média nessas regiões, caracterizando um cenário de calor extremo.
Vale mencionar que as áreas mais afetadas estão destacadas em vermelho no mapa meteorológico, onde o calor intenso persistirá por pelo menos cinco dias consecutivos. Já as regiões em laranja terão temperaturas elevadas, mas sem alcançar os critérios técnicos para serem classificadas como onda de calor.
Outro detalhe importante é que o avanço do fenômeno não ocorre de maneira homogênea em todas as regiões. Fatores como geografia e condições climáticas locais influenciam a intensidade do calor.
Com o passar dos dias, espera-se um aumento generalizado das temperaturas, tornando o período ainda mais desafiador para a população e setores como agricultura e energia.
Massa de ar quente no Brasil
A pesquisadora Marina Hirota, professora associada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que a onda de calor atual tem relação direta com uma intensa massa de ar quente instalada na região que abrange o Sul do Brasil, o norte da Argentina e partes do Paraguai. Isso porque essa massa impede a dissipação do calor e contribui para a elevação das temperaturas.
Além disso, a especialista destaca que um fenômeno conhecido como “rios voadores” também desempenha um papel importante na configuração climática atual. Esses grandes fluxos de umidade, que se originam na Amazônia e atravessam o Centro-Oeste e Sudeste até chegar à bacia do Rio da Prata, influenciam a sensação térmica e a formação de chuvas isoladas.
Entretanto, é importante lembrar que, devido à forte presença do ar quente, as precipitações esperadas para os próximos dias devem ser esparsas e de pouca duração, sem efeito significativo na redução do calor.
Outro fator que merece atenção é a topografia, especialmente no Rio Grande do Sul, onde as características geográficas intensificam ainda mais a sensação térmica elevada.
É importante mencionar que, além do desconforto para a população, ondas de calor prolongadas podem trazer impactos significativos para a saúde pública, aumentando o risco de desidratação e doenças relacionadas ao calor. Por isso, especialistas recomendam a hidratação constante e a busca por locais frescos sempre que possível.