O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comemorou a autorização da Anvisa para que a Bionovis fabrique no Brasil o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) do medicamento Infliximabe.
A Bionovis surgiu da parceria entre quatro grandes farmacêuticas brasileiras — EMS, Hypera, União Química e Aché — com a missão de fortalecer a produção nacional de anticorpos monoclonais. Com o Brasil ainda importando cerca de 95% dos IFAs, a iniciativa é essencial para diminuir a dependência do mercado externo.
Aprovação da Anvisa
O presidente da Bionovis, Odnir Finotti, enfatizou que a iniciativa foi viabilizada por uma política de Estado integrada ao Complexo Industrial da Saúde. Ele destacou a importância do SUS na sustentação da produção nacional ao garantir a aquisição dos insumos. As Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) promovem a indústria e expandem o acesso a medicamentos essenciais por meio da colaboração entre os setores público e privado.
O Infliximabe é um medicamento empregado no tratamento de doenças autoimunes, como artrite reumatoide, psoríase e doença de Crohn. Sua fabricação no Brasil é fruto da colaboração entre a Johnson & Johnson, a Fiocruz (Biomanguinhos) e a Bionovis. A empresa estima produzir aproximadamente 260 mil frascos por ano.
A Bionovis investiu R$ 800 milhões na construção de sua fábrica, visando tornar o Brasil autossuficiente na produção de biofármacos. Com capacidade anual de 250 kg de proteínas, a unidade suprirá o mercado interno e viabilizará exportações, reforçando a posição do país no setor de biotecnologia.
Doenças autoimunes
As doenças autoimunes surgem quando o sistema imunológico passa a atacar os próprios tecidos do organismo. As causas exatas ainda são desconhecidas, e essas enfermidades podem comprometer diferentes órgãos e tecidos. Os sintomas variam conforme o caso, manifestando-se, geralmente, por inflamação, dor e alterações no funcionamento do corpo.
O diagnóstico é realizado por exames de sangue que detectam inflamação e autoanticorpos. O tratamento varia conforme a doença, mas, em geral, inclui imunossupressores e anti-inflamatórios para controlar a resposta do sistema imunológico.
Em certas situações, podem ser adotados tratamentos como plasmaferese e imunoglobulina intravenosa. O prognóstico depende da doença, mas muitas são crônicas e requerem acompanhamento contínuo para o controle dos sintomas.