A Honor oficializou sua chegada ao mercado brasileiro, lançando uma linha de celulares e projetando ampliar sua oferta nos próximos meses. No evento de apresentação, a marca ressaltou um dos grandes destaques de seus aparelhos: o uso de baterias de silício-carbono.
Em conversa com o Canaltech, a empresa chinesa detalhou que essa tecnologia garante que os celulares preservem sua capacidade de carga por até três anos, sem sofrer degradação, um problema frequente em baterias tradicionais.
Celulares com carga de 3 anos
Segundo a Honor, os dispositivos com essa tecnologia mantêm a mesma autonomia desde o primeiro uso, sem quedas de desempenho com o passar do tempo. Além disso, as baterias de silício-carbono possuem maior densidade energética, tornando-as mais leves e compactas em relação às convencionais de íons de lítio, sem reduzir a capacidade de carga. Essa inovação permite a criação de aparelhos mais finos e com eficiência energética aprimorada.
Ao adotar essa nova tecnologia, a Honor pretende eliminar esse problema, proporcionando maior longevidade às baterias de seus celulares. Atualmente, diversos modelos da linha Honor Magic já utilizam essa inovação, como o Honor Magic 6 Lite, Magic 7 Lite, Magic 7 Pro e Magic V3.
A empresa revelou ainda seus planos de ampliar a aplicação dessa tecnologia para dispositivos mais acessíveis, permitindo que um número maior de consumidores aproveite as vantagens das baterias de silício-carbono. Além dela, outras marcas chinesas, como Xiaomi, Huawei, OPPO e OnePlus, já incorporaram essa inovação em seus modelos mais recentes.
Mudanças na bateria
A evolução das baterias de silício-carbono (Si-C) ocorre graças à substituição do ânodo de grafite por um material composto de silício-carbono, permitindo uma densidade energética superior e a capacidade de armazenar um maior volume de íons de lítio.
Essa inovação, amplamente adotada por fabricantes chineses, ainda utiliza o lítio como base, mas se distingue das baterias tradicionais pela estrutura do ânodo. No momento do carregamento, a passagem da corrente elétrica impulsiona os íons de lítio do cátodo (polo positivo) para o ânodo (polo negativo). Já durante o uso do aparelho, o movimento se inverte, assegurando o fornecimento contínuo de energia.