A ideia de dobrar um papel 42 vezes e ele chegar à Lua pode soar como uma simples curiosidade matemática, mas ela nos leva a refletir sobre o poder do crescimento e os limites da física e da matemática aplicados ao nosso cotidiano. A teoria de que um papel dobrado 42 vezes alcançaria a Lua é, em muitos aspectos, uma ideia fascinante, porém, praticamente impossível de ser realizada.
O ponto central dessa ideia não é um conceito de crescimento exponencial. Vamos entender isso com um exemplo simples:
- A espessura de um papel comum é de aproximadamente 0,1 milímetros.
- Ao dobrar o papel uma vez, sua espessura passa a ser 0,2 milímetros.
- Ao dobrá-lo duas vezes, a espessura será de 0,4 milímetros.
- E assim por diante, dobrando cada vez mais, a espessura dobra a cada nova dobra.
Ou seja, cada dobra faz com que a espessura do papel cresça de forma exponencial. Matemática e teoricamente, se você dobrasse o papel 42 vezes, a espessura do papel alcançaria uma distância impressionante, suficiente para cobrir a distância entre a Terra e a Lua, que é, em média, de 384.400 milhas.
Por que não conseguimos dobrar um papel 42 vezes?
Agora, podemos voltar à realidade e discutir porque a teoria não se aplica na prática. Para começar, a espessura do papel aumenta tão rapidamente que, após apenas algumas dobras, torna-se impossível continuar devido à resistência do material e ao limite físico do papel.
Quando tentamos dobrar o papel, ele não se dobra facilmente depois de um certo ponto, pois sua espessura e tamanho crescem exponencialmente. O recorde mundial de dobras de papel, registrado em 2002 pela americana Britney Gallivan, é de 12 dobras.
Para atingir o recorde de 12 dobras, o papel utilizado tinha cerca de 12 quilômetros de comprimento. Ou seja, a única maneira de conseguir esse feito foi utilizando um papel específico de longo prazo. A dificuldade de dobrar mais de 7 ou 8 vezes é algo que todos podem perceber ao tentar realizar esse feito com um pedaço de papel comum.
No entanto, ao usar uma grande quantidade de papel, a geometria do problema muda, permitindo que as dobras possam ser feitas com mais facilidade, embora ainda longe da quantidade teórica de 42.
A ideia de dobrar um papel 42 vezes e alcançar a Lua é uma metáfora fascinante sobre o poder do crescimento exponencial e os limites da física e da matemática. Embora seja matematicamente possível em um cenário ideal, na prática, a física nos impõe limitações que tornam tal feito impossível.