Apesar de não ser reconhecida oficialmente como um transtorno pela comunidade médica, a nomofobia, caracterizado pelo medo de ficar sem celular ou desconectado da internet, tem impactado cada vez mais a saúde mental de crianças e adolescentes.
Por isso, especialistas alertam que a dependência das telas pode desencadear sintomas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo agravar transtornos psicológicos pré-existentes.
Vale mencionar que a nomofobia está diretamente ligada à liberação de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Quando desconectadas, as crianças podem apresentar inquietação, dificuldade de concentração e até problemas de sono.
Dessa forma, é fundamental que pais e educadores fiquem atentos aos sinais e saibam como prevenir e tratar esse quadro.
Sintomas e impactos da nomofobia em crianças
É importante mencionar que a nomofobia pode se manifestar de diferentes formas. Entre os sintomas mais comuns estão a irritabilidade excessiva, a compulsão por checar notificações e a dificuldade de se concentrar em atividades offline. Crianças e adolescentes podem, por exemplo, sentir angústia ao ficar longe do celular ou apresentar problemas para dormir, acordando no meio da noite para verificar mensagens.
Outro detalhe importante é que a nomofobia pode funcionar como um ciclo vicioso, agravando transtornos como ansiedade e depressão.
Isso acontece porque o uso excessivo do celular muitas vezes serve como uma válvula de escape para o sofrimento emocional, criando uma dependência difícil de ser quebrada. Em casos mais graves, a ausência de telas pode levar a crises de ansiedade e sensação de isolamento.
Como prevenir e tratar a dependência das telas
Vale reforçar que, para evitar que crianças e adolescentes desenvolvam a nomofobia, é essencial adotar medidas preventivas desde cedo. Uma das estratégias mais eficazes é limitar o tempo de uso dos dispositivos eletrônicos e criar momentos livres de telas em família. Isso pode incluir refeições sem celulares, jogos de tabuleiro ou atividades ao ar livre, como esportes e brincadeiras.
Além disso, os pais devem dar o exemplo, reduzindo seu próprio uso de dispositivos eletrônicos e promovendo diálogos sobre o conteúdo acessado pelas crianças. Conteúdos positivos podem ser associados aos valores familiares, enquanto os negativos devem ser abordados de forma leve, incentivando a reflexão sobre seus impactos.
No caso de crianças que já apresentam sinais de dependência, o tratamento pode ser feito por meio da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Essa abordagem ajuda a reestruturar a rotina, manejar a ansiedade e desenvolver técnicas de atenção plena, reduzindo gradualmente a necessidade de estar sempre conectado.