O Banco Central do Brasil (BCB) anunciou, na última segunda-feira (12), a retirada de circulação das cédulas de R$ 50, R$ 100 e R$ 200 da primeira família do real, lançada em 1994. A medida, parte de um plano de modernização e segurança do sistema monetário, visa substituir notas antigas por versões mais resistentes e com tecnologia antifraude.
Embora as cédulas não percam valor imediatamente, o BCB estabelecerá um prazo para trocas, impactando comércios, bancos e cidadãos que ainda utilizam essas denominações.
Vale mencionar que as notas afetadas são as de R$ 50 (estilo “onça-pintada”), R$ 100 (“garoupa”) e R$ 200 (“lobo-guará”), pertencentes à primeira geração do real. Segundo o BCB, a decisão prioriza a substituição de cédulas desgastadas, e a adoção de elementos de segurança mais avançados, como holografias e marcas táteis presentes nas novas famílias.
É importante mencionar, também, que o prazo para troca ainda será definido, mas estima-se um período de 18 meses. Durante essa transição, as cédulas antigas poderão ser depositadas em contas bancárias ou trocadas em agências. Isso porque o BCB busca evitar prejuízos à população, especialmente em regiões com menor acesso a serviços financeiros.
Outro detalhe importante é que as novas versões dessas denominações, lançadas entre 2010 e 2020, já representam 72% das cédulas em circulação. A medida, portanto, afeta principalmente estoques residuais em pequenos comércios e poupadores que guardam notas físicas como reserva.
Impactos da troca de cédulas
A retirada das cédulas trará desafios imediatos para o varejo. Estabelecimentos terão de:
- Atualizar sistemas: Máquinas de contagem e detectores de autenticidade precisarão ser recalibrados;
- Treinar funcionários: Para identificar notas antigas e orientar clientes;
- Ajustar troco: Notas de R$ 200 são comuns em transações de alto valor, como móveis e eletrônicos.
Além disso, o comércio informal, que responde por 40% das transações em espécie no Brasil, poderá enfrentar dificuldades temporárias. Feirantes e ambulantes, por exemplo, terão de redobrar a atenção para não aceitar cédulas invalidadas após o prazo final.
Para o sistema bancário, a demanda por trocas deve aumentar em até 35% nos primeiros meses. Isso porque muitos correntistas, especialmente idosos, ainda mantêm parte de suas economias em dinheiro físico. O BCB orienta que bancos reforcem o atendimento em agências e promovam campanhas digitais para reduzir filas.