O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 800 milhões para a modernização do sistema de medição de energia elétrica de três concessionárias da CPFL Energia.
O projeto prevê a substituição de medidores tradicionais por dispositivos inteligentes, que permitirão o monitoramento remoto e em tempo real do consumo de energia.
A iniciativa, que deve ser concluída até 2029, envolve um investimento total estimado em R$ 1,2 bilhão. A CPFL Paulista, que atende 5 milhões de clientes em 234 municípios paulistas, receberá R$ 326,3 milhões do montante. Já a CPFL Piratininga e a CPFL Santa Cruz serão contempladas com R$ 411,4 milhões e R$ 62,1 milhões, respectivamente.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, esta é a primeira vez que o banco aprova um plano de investimentos focado na implantação de medidores inteligentes.
Como os medidores de energia inteligentes impactam o dia a dia
Os medidores inteligentes substituirão os equipamentos atuais, eliminando a necessidade de leituras manuais mensais, que frequentemente geram erros e atrasos. A tecnologia permitirá que os consumidores acompanhem, em tempo real, o uso de energia em suas residências, promovendo um consumo mais consciente e eficiente.
Outro detalhe importante é que as distribuidoras também poderão melhorar a gestão de fornecimento de energia. Em casos de interrupções, a identificação e o reparo dos problemas serão mais rápidos, reduzindo o tempo sem energia elétrica para os consumidores.
A CPFL espera que essa inovação incentive mudanças nos hábitos de consumo, com redução das contas de energia e maior adesão a práticas sustentáveis. Além disso, o projeto inclui a aquisição de equipamentos fabricados no Brasil, fortalecendo a indústria nacional.
Como a tecnologia pode melhorar a vida do consumidor
Com mais de 10,6 milhões de clientes nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, as concessionárias da CPFL têm no projeto um marco para o setor de energia elétrica no país.
A modernização permitirá não apenas maior controle sobre os gastos, mas também trará mais transparência no relacionamento entre consumidores e distribuidoras.
Embora o custo total ultrapasse R$ 1 bilhão, os benefícios prometem compensar o investimento, com economia para os consumidores e maior eficiência no uso da energia. A previsão é que os primeiros medidores inteligentes comecem a ser instalados já em 2025.