A chegada da inteligência artificial (IA) no setor bancário está causando uma revolução que está começando a mudar o mercado de trabalho e, segundo um relatório da Bloomberg Intelligence (BI), os grandes bancos do mundo devem cortar uns 200 mil empregos nos próximos anos, tipo uns três a cinco anos. É muita gente, viu? Isso tudo por causa da automação de tarefas que antes eram feitas por humanos.
Bancos como Citigroup, JPMorgan Chase & Co. e Goldman Sachs estão na frente desse movimento todo. Os setores que mais vão sofrer são os de back office e middle office, que cuidam dos processos administrativos e operacionais, e o atendimento ao cliente, que vai ser cada vez mais feito por robôs e assistentes digitais.
Com a inteligência artificial está mudando os empregos
De acordo com esse relatório, as atividades repetitivas e rotineiras são as que têm mais chance de serem automatizadas. É importante mencionar que isso não significa que os trabalhadores vão ser totalmente substituídos pelas máquinas, mas sim que as funções vão mudar. A IA vai fazer o trabalho mais braçal, e as pessoas vão ficar responsáveis por atividades que exigem mais estratégia, criatividade e cuidado com os detalhes.
Outro detalhe importante é que a inteligência artificial generativa, aquela que cria conteúdo e resolve problemas sozinha, promete transformar ainda mais o setor. O estudo aponta que uns 80% dos executivos acreditam que essa IA pode aumentar a produtividade e a receita em pelo menos 5% nos próximos anos.
E o impacto financeiro dessas tecnologias também promete ser grande. A previsão é que o lucro dos bancos antes dos impostos cresça entre 12% e 17%, o que dá um aumento de até 180 bilhões de dólares nos resultados financeiros mundiais.
Risco e Desafios
O Citigroup, em outro relatório, estima que 54% dos empregos no setor bancário podem ser automatizados. Mesmo assim, muitos bancos dizem que a transição vai ser acompanhada de uma mudança nas funções, mantendo a importância dos trabalhadores em áreas que precisam de criatividade, empatia e decisões complexas.
Essa mudança toda apresenta um desafio duplo para o setor: modernizar os processos e tentar diminuir o impacto social da automação. É que, com a redução de empregos prevista, vai ser preciso investir na requalificação profissional e na criação de novas oportunidades para os trabalhadores que vão perder seus empregos.
O que está acontecendo com a inteligência artificial mostra que o futuro do trabalho no setor bancário está mudando muito, e as decisões que forem tomadas agora serão muito importantes para equilibrar os avanços tecnológicos e a responsabilidade social.