Renato Aragão, o eterno Didi Mocó, teve uma relação de 44 anos com a TV Globo, marcada por projetos populares como Os Trapalhões e o Criança Esperança. Em 2020, ele foi desligado da emissora como parte de uma estratégia de reestruturação que prioriza contratos por obra. Apesar do impacto dessa decisão, Renato manteve uma postura positiva, destacando que via a mudança como uma oportunidade para explorar novos caminhos.
Nos últimos anos, a Globo passou por uma transformação em seu modelo de trabalho, deixando de lado contratos longos com artistas veteranos. Essa mudança afetou diversos nomes, incluindo Renato Aragão. A decisão reflete uma tendência de modernização no setor audiovisual, onde a flexibilidade e projetos específicos têm sido priorizados.
Renato Aragão foi o idealizador do Criança Esperança, projeto lançado em 1986 em parceria com Os Trapalhões e a UNESCO. Por décadas, ele foi a figura principal da campanha, que se tornou uma tradição anual na TV brasileira. No entanto, em 2012, a Globo optou por um rodízio de apresentadores, afastando-o do protagonismo no evento. Essa decisão foi amplamente debatida, já que Renato simbolizava a essência do programa.
Mudança de estratégia na campanha
A partir de 2012, o Criança Esperança começou a ser apresentado por diferentes artistas, como Maju Coutinho, Lázaro Ramos e Iza, em uma tentativa de renovar o formato e atrair públicos mais diversos. Renato continuou participando até 2019, mas sua saída definitiva foi vista como um marco do fim de uma era.
Após a saída da Globo, Renato investiu em trabalhos independentes, explorando as redes sociais com a filha, Livian Aragão, e fazendo participações especiais em outras emissoras, como o Teleton, no SBT. Essa aparição gerou surpresa, já que o Teleton é concorrente direto do Criança Esperança. Para muitos, isso representou uma mudança no perfil profissional do humorista.
Homenagens e reconhecimento
Apesar de sua ausência no Criança Esperança, Renato Aragão continua sendo amplamente celebrado. Marcos Mion, durante uma entrevista, destacou a importância de Renato para o projeto e o considerou um ícone de gerações.
Além disso, homenagens em programas como Altas Horas e a exibição de filmes clássicos, como Simão: O Fantasma Trapalhão, reforçam sua relevância no cenário cultural brasileiro.
A ausência de Renato Aragão no Criança Esperança tem gerado repercussão entre os fãs, que associam o programa ao carisma e dedicação do humorista. As redes sociais frequentemente resgatam momentos marcantes de sua trajetória, destacando o impacto que ele teve na vida de milhões de brasileiros.
Contudo, sua importância para a TV e para a solidariedade no Brasil permanece viva. O eterno Didi Mocó seguirá como um símbolo de talento, carisma e compromisso com o público.