A mandioca é um dos alimentos mais presentes na mesa dos brasileiros. Sua história remonta a períodos anteriores à chegada dos colonizadores ao continente, sendo cultivada por povos indígenas e usada de diversas formas na alimentação.
Esse tubérculo versátil pode ser cozido, frito, transformado em farinha ou até em tapioca, mas poucos sabem que escolher a variedade errada pode representar um risco grave à saúde, levando até à morte.
Você pode morrer se comprar a mandioca errada
O perigo reside na mandioca-brava, uma espécie que, ao contrário da conhecida mandioca-mansa ou macaxeira, possui altos níveis de ácido cianídrico, uma substância tóxica capaz de causar intoxicações severas.
Quando consumida sem o devido preparo, essa toxina pode provocar sintomas como tontura, dificuldade respiratória, vômitos, confusão mental e até mesmo levar ao óbito por asfixia celular.
Embora sua comercialização para consumo doméstico seja incomum, há registros de acidentes graves envolvendo pessoas que confundiram as variedades.
Em comunidades rurais e em algumas regiões do Brasil, onde o cultivo de mandioca é tradicional, casos de intoxicação já ocorreram após a ingestão de raízes mal preparadas.
O perigo maior está na falta de informação e na semelhança entre os tipos: visualmente, a variedade chamada de “mansa” e a variedade conhecida com “brava” são quase idênticas, tornando a identificação difícil para quem não tem experiência.
Como escolher a mandioca correta e evitar riscos?
Mas como garantir que a mandioca consumida seja segura? A resposta está no preparo e na origem do produto.
A variedade “mansa”, usada amplamente na culinária brasileira, é segura para o consumo após cozimento, sendo fonte de carboidratos, fibras e vitaminas essenciais para o organismo.
Já a variedade “brava”, quando destinada ao consumo humano, passa por processos de desintoxicação que eliminam seu veneno, sendo transformada em farinha ou polvilho, usados na fabricação de alimentos tradicionais.
Portanto, ao comprar mandioca, o ideal é buscar fornecedores confiáveis e verificar o tipo do produto.
O alimento, quando preparado corretamente, não só é seguro, mas também extremamente nutritivo, mantendo seu papel fundamental na gastronomia brasileira sem oferecer riscos.