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STF bloqueia contas de Zambelli e inclui perfil com vídeo explícito

Por Leticia Florenço
05/06/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Carla Zambelli - Reprodução/Agência Brasil

Carla Zambelli - Reprodução/Agência Brasil

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A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP), representa um marco contundente na escalada de enfrentamentos entre parte do Poder Judiciário e políticos identificados com discursos de contestação institucional.

Condenada por falsidade ideológica e invasão de sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão, em regime fechado, além de multa de R$ 2 milhões por danos morais coletivos.

Com a confirmação da condenação e a subsequente fuga do país, Moraes entendeu que havia não apenas risco de evasão, mas também a persistência em práticas ilícitas, como ataques ao sistema democrático e às instituições do Estado brasileiro.

A medida atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República e é acompanhada de um conjunto de determinações severas: bloqueio de passaporte, suspensão de salário e verbas parlamentares, nomeação da Defensoria Pública da União para sua defesa após a renúncia dos advogados e, principalmente, bloqueio de todos os canais digitais ligados à deputada, sua família e colaboradores próximos.

Bloqueio total nas redes e impacto digital

Uma das decisões mais abrangentes foi a determinação do bloqueio imediato de todas as contas em redes sociais associadas à deputada.

Plataformas como X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, TikTok, Telegram, Gettr, YouTube e LinkedIn foram notificadas e obrigadas a retirar os perfis do ar em até duas horas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

A abrangência incluiu não apenas os perfis oficiais de Zambelli, mas também os de sua mãe, Rita Zambelli, e de seu filho, João Helio Zambelli.

Segundo Moraes, essa medida é necessária para impedir a continuidade da disseminação de conteúdos que colocam em xeque a confiabilidade do processo eleitoral, atacam o Judiciário e promovem a instabilidade democrática.

O bloqueio digital se soma à imposição de multa de R$ 50 mil por dia, caso a parlamentar volte a publicar, de forma direta ou indireta, mensagens que reiterem as condutas já condenadas.

Conteúdo adulto em perfil e controvérsia

Um dos pontos mais inusitados da decisão judicial foi a inclusão de um perfil no X que publicou um vídeo com conteúdo sexual explícito, supostamente atribuído à cantora MC Mirella.

A conta em questão teria pertencido à deputada em anos anteriores, mas atualmente contém apenas essa publicação, o que gerou perplexidade quanto à relevância jurídica de sua citação.

O caso suscitou debates sobre o uso de elementos morais como agravantes em processos judiciais, bem como críticas à possível exposição pública desnecessária da parlamentar. Até o momento, o STF não comentou oficialmente o motivo da inclusão do perfil na decisão, mas o episódio reforçou a repercussão do caso na mídia e nas redes sociais.

Alvo da Interpol

Além das medidas judiciais internas, Moraes solicitou à Polícia Federal que acionasse a Interpol para emitir uma difusão vermelha contra Carla Zambelli, tornando-a alvo de busca internacional.

A difusão vermelha não é um mandado de prisão automático, mas serve como alerta global para que autoridades estrangeiras localizem e detenham a pessoa procurada, com vistas à extradição.

No caso de Zambelli, isso significa que, se for identificada em qualquer um dos 195 países-membros da organização, poderá ser presa provisoriamente. O STF já validou os requisitos formais e aguarda a aceitação por parte da Interpol.

A medida reforça o cerco legal e político ao redor da deputada, que cruzou a fronteira brasileira por terra, sem registro da Polícia Federal, seguindo para a Argentina e, posteriormente, para os Estados Unidos.

Zambelli se defende, mas perde apoio

Em declarações à imprensa e em vídeos publicados nas redes, Carla Zambelli tem tentado construir uma narrativa de resistência. Disse estar fora do país para buscar um “renascimento”, evitando adotar o discurso de perseguição política de forma direta, mas apontando para uma suposta ditadura jurídica no Brasil.

Em entrevista, afirmou que “quer voltar a ser a Carla de antes das amarras que essa ditadura nos impôs” e criticou o sistema eleitoral, classificando as urnas eletrônicas como não confiáveis.

A estratégia, no entanto, parece cada vez mais isolada. Seu advogado renunciou à defesa alegando “foro íntimo”, enquanto o STF nomeou a Defensoria Pública para representá-la.

O pedido de prisão foi tachado por Zambelli como inconstitucional, alegando que deputados só podem ser presos em flagrante e por crime inafiançável. No entanto, sua fuga e a reincidência em discursos ofensivos contra o Estado Democrático de Direito acabaram justificando, segundo o STF, a prisão preventiva.

Reflexos políticos e o debate sobre os limites do Judiciário

O caso Zambelli reacende o debate sobre os limites da atuação do STF em temas políticos. Para aliados da deputada, as decisões representam censura e autoritarismo judicial.

Para setores progressistas e defensores das instituições democráticas, a prisão é uma resposta proporcional a ações deliberadas que atentam contra a ordem constitucional e a estabilidade institucional.

Trata-se de um episódio paradigmático na relação entre os poderes no Brasil: de um lado, um Supremo que se firma como guardião da democracia e tenta conter atos considerados criminosos sob o manto da imunidade parlamentar; de outro, um ambiente político cada vez mais polarizado, onde discursos inflamados contra as instituições ganham repercussão, especialmente nas redes sociais.

A resposta da sociedade, do Parlamento e da própria comunidade internacional ao caso poderá influenciar decisivamente os rumos da política brasileira nos próximos anos. A depender dos desdobramentos, este não será apenas um caso judicial, será um símbolo do enfrentamento entre duas visões de país.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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