A mexicana Deysi Vargas, residente nos Estados Unidos com a filha de quatro anos, fez um alerta comovente nesta semana: se forem deportadas, a criança corre sério risco de morrer.
A denúncia foi feita durante uma entrevista coletiva em Los Angeles, onde Vargas explicou que a menina vive hoje graças ao tratamento médico que recebe sob um visto humanitário, agora ameaçado pelo governo Trump.
Com a mudança de administração, centenas de autorizações concedidas durante a presidência de Joe Biden estão sendo canceladas, afetando especialmente famílias latinas em situação vulnerável.
Criança corre risco de ser deportada e pode morrer caso aconteça
A filha de Vargas, cujo nome verdadeiro é mantido em sigilo por razões legais, nasceu prematura no México e desde os primeiros meses de vida enfrenta graves problemas intestinais.
Diagnosticada com a síndrome do intestino curto, condição rara e crônica que impede a absorção adequada de nutrientes, a criança sobrevive com apoio médico altamente especializado.
Ainda bebê, foi submetida a diversas cirurgias, mas sua recuperação no México era lenta e limitada pela infraestrutura hospitalar disponível. Ao completar dois anos, sua condição ainda era considerada crítica, sem avanços no desenvolvimento físico.
Diante da gravidade do quadro, a família decidiu buscar ajuda nos Estados Unidos. Após conseguir ingressar legalmente com um visto humanitário em julho de 2023, a criança foi internada e passou a receber um tratamento intensivo em centros médicos da Califórnia.
Hoje, ela depende de nutrição intravenosa por 14 horas todas as noites e de suplementação nutricional administrada por sonda durante o dia.
O equipamento que garante sua sobrevivência é carregado em uma mochila especial que ela leva até a pré-escola, onde uma enfermeira auxilia na rotina.
Médicos fazem alerta sobre saúde da criança se houver deportação
Segundo os médicos que a acompanham, qualquer interrupção nesse processo pode ser fatal em poucos dias. O tipo de nutrição que ela recebe depende de uma estrutura de saúde que não existe em seu país de origem.
Por isso, Vargas e os advogados da família entraram com novo pedido para estender a permanência legal nos EUA, enquanto enfrentam o temor de serem detidas e deportadas a qualquer momento.
Para a mãe, o risco não é apenas jurídico — é de vida ou morte. “Se minha filha perder acesso a esse tratamento, ela simplesmente não vai sobreviver”, afirmou.