Embora a escolha de nomes próprios costume estar ligada a fatores afetivos e culturais, a ciência também tem se dedicado a esse tema. Pesquisadores das áreas de linguística e psicologia vêm investigando por que determinados nomes soam mais agradáveis aos ouvidos, baseando-se em critérios objetivos como estrutura sonora e familiaridade linguística.
Entre os estudos mais recentes, destaca-se uma pesquisa conduzida na Universidade de Birmingham, no Reino Unido. O trabalho, liderado por um especialista em linguagem sensorial e simbolismo fonético, foi desenvolvido em parceria com uma empresa do setor infantil e buscou identificar os nomes masculinos com maior apelo sonoro entre falantes de inglês nos Estados Unidos.
Nomes mais elogiados
O levantamento considerou fatores como a harmonia entre consoantes e vogais, a simplicidade na pronúncia e a origem dos nomes. Com base nesses fatores, foi elaborado um ranking com os considerados mais agradáveis ao ouvido. Os destaques incluem:
- Matthew (Mateus) – apontado como o nome com sonoridade mais bonita
- Julian (Júlio)
- William (Guilherme)
- Isaiah (Isaías)
- Leo
- Levi
- Joseph (José)
- Theo (Teodoro)
- Isaac (Isaque)
- Samuel
A maioria das opções apresenta raízes bíblicas e sonoridade suave, o que contribui para sua ampla aceitação internacional.
O que leva a escolha?
Além dos aspectos fonéticos, a pesquisa aponta que fatores externos e imprevisíveis também influenciam a escolha de nomes. Estudos anteriores identificaram que nomes semelhantes aos de desastres naturais, como o furacão Katrina, costumam se popularizar após grande exposição na mídia — o que os torna mais familiares ao público.
O levantamento também ressalta a importância de considerar a harmonia entre nome e sobrenome, já que combinações com ritmo ou sonoridade conflitante podem dificultar a pronúncia. Apesar dos critérios técnicos, a decisão final permanece altamente subjetiva, sendo guiada tanto por razões afetivas quanto por influências culturais e sociais.