Desde o último domingo (25), todos os pedidos feitos pelo aplicativo iFood em qualquer cidade do Brasil passam a contar com uma nova taxa de serviço obrigatória no valor de R$ 0,99.
Vale mencionar que a cobrança, que vale inclusive para assinantes do Clube iFood, foi implementada de forma silenciosa, sem aviso prévio aos clientes, gerando grande repercussão nas redes sociais. Apesar disso, de acordo com a plataforma, o valor adicional tem como finalidade financiar “melhorias constantes na tecnologia e na experiência de compra”.
Entretanto, a mudança provocou reações negativas de consumidores, que passaram a questionar a política de custos adotada pela empresa, considerada monopolista pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), uma vez que concentra cerca de 80% do mercado de delivery no país.
Além dessa taxa, os usuários seguem pagando o valor do pedido, a taxa de entrega e, em alguns casos, uma taxa administrativa — isso sem contar eventuais gorjetas destinadas aos entregadores.
Nova taxa do ifood gera insatisfação dos clientes
Vale mencionar que a cobrança, embora aparentemente pequena, representa uma movimentação financeira robusta. Considerando os 110 milhões de pedidos mensais feitos na plataforma, o iFood pode faturar aproximadamente R$ 108,9 milhões por mês apenas com essa nova tarifa.
Outro detalhe importante é que a medida afeta diretamente até mesmo quem paga a assinatura mensal do Clube iFood, que custa R$ 12,90 e oferece benefícios como isenção de algumas taxas de entrega. Dessa forma, não há exceções para o novo encargo.
Isso porque o modelo de negócios do iFood já prevê outras fontes de receita. Além das comissões cobradas dos restaurantes, que variam de 12% a 23% por pedido, mais 3,20% pelo processamento do pagamento, os estabelecimentos também arcam com mensalidades que podem chegar a R$ 150, dependendo do volume de vendas.
Sendo assim, parte dos consumidores tem buscado alternativas, como entrar em contato direto com os restaurantes via WhatsApp ou telefone, para escapar dos custos extras aplicados pela plataforma.
Como funciona a cobrança no iFood e seus desdobramentos
É importante mencionar que, além da nova taxa, os clientes continuam pagando a tradicional taxa de entrega, cujo valor é calculado com base na distância, no tipo de veículo utilizado e na região. Os valores podem variar, chegando a até R$ 10 para deslocamentos mais longos.
Outro detalhe relevante é que, recentemente, o iFood promoveu um reajuste na taxa mínima dos entregadores. Desde o final de abril, quem realiza entregas de moto passou a receber R$ 7,50, antes o valor era de R$ 6,50. Na época, a empresa afirmou que o aumento não impactaria os preços dos pedidos, o que, na prática, não se confirmou.
Dessa forma, a chegada de concorrentes como o 99Food, que deve retomar operações no Brasil, e do aplicativo chinês Keeta, promete aquecer a disputa no bilionário mercado nacional de delivery.