Mesmo com a proximidade do inverno, os escorpiões continuam preocupando autoridades de saúde em diversas regiões do Brasil.
Embora a incidência desses animais seja mais comum nos meses quentes e úmidos do verão, os registros seguem acontecendo em pleno mês de maio, especialmente em municípios onde a infestação já alcançou níveis significativos.
Em Campo Mourão (PR), por exemplo, a Vigilância Sanitária mantém o alerta ligado após identificar um aumento de ocorrências em vários bairros da cidade.
Aumento de escorpiões deixa Vigilância Sanitária em alerta
A presença dos escorpiões no ambiente urbano se deve principalmente à adaptação da espécie a espaços que oferecem abrigo e alimentação.
Os exemplares da espécie Tityus serrulatus, popularmente conhecidos como escorpiões-amarelos, se escondem em locais como terrenos baldios, pilhas de entulho, sob pedras, telhas, lenha e até mesmo em estruturas internas das residências, como frestas, ralos e caixas de gordura.
Além disso, o aumento descontrolado da população de baratas — principal alimento desses animais — favorece sua proliferação.
O risco mais grave está associado à toxicidade do veneno dos escorpiões-amarelos.
Embora a maioria das picadas cause apenas dor local e leve inchaço, em crianças pequenas e idosos, os sintomas podem evoluir rapidamente para vômitos, sudorese intensa, arritmias e, em casos extremos, levar à morte.
Em 2024, Campo Mourão registrou 19 atendimentos relacionados a picadas e, só nos primeiros meses de 2025, já são sete casos.
Como evitar os escorpiões
Para conter os riscos, a principal recomendação das autoridades é investir na prevenção contra os escorpiões.
Manter o ambiente limpo e livre de entulhos é o primeiro passo. Jardins e quintais devem ser frequentemente limpos, com grama aparada e lixo armazenado corretamente, longe do alcance de animais e insetos.
Dentro de casa, é importante instalar telas nos ralos e manter portas e janelas bem vedadas. Roupas, sapatos e roupas de cama devem ser vistoriados antes do uso, já que escorpiões podem se esconder neles em busca de abrigo.
Em caso de acidente, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico e, se possível, levar o escorpião (vivo ou morto) ou uma foto para identificação da espécie.
O tratamento adequado e rápido é essencial para evitar complicações, especialmente em crianças. O alerta está dado: mesmo fora da temporada mais crítica, o cuidado deve continuar.