A hipertensão arterial, ou pressão alta, é uma condição muito comum e preocupante por sua característica silenciosa. Embora milhões de pessoas convivam com essa doença no Brasil, a maioria não percebe os sintomas evidentes, e muitos sequer sabem que já têm o problema.
A ausência de sinais claros faz com que a hipertensão seja conhecida como “a doença silenciosa”, pois pode evoluir por anos sem avisar, causando danos progressivos e irreversíveis ao organismo.
A pressão alta raramente apresenta sintomas nos estágios iniciais, e é justamente essa ausência que a torna traiçoeira. Ela pode comprometer os vasos sanguíneos, coração, rins e cérebro aos poucos, levando a complicações graves como infarto, AVC e insuficiência renal. Por isso, a medição regular da pressão é fundamental para identificar a doença precocemente.
Sintomas tradicionais e o que eles revelam
Os sintomas mais conhecidos da hipertensão são dores de cabeça frequentes, especialmente na região da nuca, tonturas, visão embaçada, falta de ar e dor no peito.
No entanto, esses sinais costumam aparecer somente quando a pressão está muito elevada e o quadro já está em estágio avançado, o que torna a prevenção ainda mais importante.
Sintomas pouco conhecidos, mas indicativos
Além dos sintomas clássicos, existem outros sinais menos conhecidos que podem indicar que a pressão arterial está descontrolada. O zumbido ou chiado no ouvido, por exemplo, pode estar relacionado a alterações na circulação sanguínea provocadas pela hipertensão.
O sangramento nasal frequente também é um alerta, já que os pequenos vasos do nariz são sensíveis às altas pressões.
Outro sintoma sutil é a fadiga inexplicável, uma sensação constante de cansaço que pode estar ligada à sobrecarga do coração, que não consegue bombear sangue eficientemente.
A dificuldade para dormir, incluindo insônia, pode resultar do impacto da pressão alta no sistema nervoso, alterando o padrão do sono. Sensações de formigamento nas mãos e pés também são sinais que muitas vezes passam despercebidos, mas podem indicar má circulação causada pela pressão elevada.
Esses sinais menos evidentes geralmente são confundidos com outros problemas comuns do dia a dia, como estresse, cansaço ou até mesmo sintomas de outras doenças. Além disso, a falta de informação sobre esses sintomas faz com que muitos pacientes não os relacionem à pressão alta, adiando a busca por ajuda médica.
Fatores que contribuem para o Desenvolvimento da hipertensão
A pressão alta pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, obesidade, estresse, tabagismo, consumo excessivo de álcool e doenças pré-existentes, como diabetes e problemas renais. Por isso, o controle dessas variáveis é essencial para prevenir o surgimento ou o agravamento da hipertensão.
Para diagnosticar a hipertensão, é necessária a medição da pressão arterial em diferentes momentos, muitas vezes complementada por exames específicos como a monitorização ambulatorial ou residencial. Detectar a doença no início permite o controle adequado e reduz significativamente o risco de complicações graves.
Tratamento e prevenção
O tratamento da hipertensão vai muito além do uso de medicamentos. A adoção de uma alimentação balanceada, como a dieta DASH, rica em frutas, verduras, grãos integrais e pobre em sal e gorduras ruins, a prática regular de atividades físicas e o manejo do estresse são fundamentais para controlar a pressão arterial.
O acompanhamento médico constante e a adesão rigorosa ao tratamento são indispensáveis para garantir bons resultados.
Quem tem parentes com hipertensão deve redobrar os cuidados, realizando aferições da pressão com mais frequência e mantendo hábitos saudáveis desde cedo. A atenção a sintomas atípicos pode ajudar a detectar a doença antes que ela provoque danos irreversíveis.
Cuidar da saúde cardiovascular é um compromisso diário que pode garantir qualidade de vida e prevenir complicações sérias no futuro.