Nos últimos anos, o home office deixou de ser uma alternativa esporádica para se tornar realidade cotidiana para milhões de trabalhadores no Brasil e em diversos países.
Impulsionado pela pandemia de covid-19 e pela necessidade urgente de distanciamento social, esse modelo de trabalho ganhou espaço rapidamente.
Agora, após o retorno gradual à normalidade, surgem dados que indicam que a mudança provocada pela crise sanitária pode ter sido, na verdade, um avanço na qualidade de vida dos trabalhadores.
Pesquisadores chegam a conclusão que home office aumenta a felicidade
Uma pesquisa recente apontou que o home office não apenas traz mais conforto e flexibilidade, mas também aumenta a produtividade e contribui significativamente para a felicidade de quem o pratica.
O estudo foi conduzido por uma equipe da Universidade da Austrália Meridional e acompanhou, ao longo de quatro anos, os efeitos do trabalho remoto na rotina das pessoas.
Os pesquisadores começaram sua investigação ainda antes da pandemia, mas foi durante os períodos mais intensos de confinamento que conseguiram coletar os dados mais reveladores.
Ao comparar os hábitos e percepções dos trabalhadores antes e depois da transição para o home office, os cientistas identificaram melhorias importantes no bem-estar físico e mental dos participantes.
Entre os fatores que mais contribuíram para essa mudança positiva está a eliminação do tempo gasto no deslocamento até o local de trabalho. Trabalhadores que antes perdiam horas semanais no trânsito passaram a utilizar esse tempo de forma mais produtiva e saudável.
Dormir mais, conviver com a família, praticar exercícios físicos e adotar uma alimentação mais equilibrada foram mudanças comuns entre os que aderiram ao trabalho remoto.
Além disso, muitos relataram que, com a possibilidade de organizar seu próprio ritmo, sentiram-se mais focados e menos pressionados.
Home office é bom para funcionários e empresas
A pesquisa também mostrou que, quando as empresas oferecem suporte e mantêm canais de comunicação claros com seus funcionários, os níveis de produtividade tendem a subir.
Isso desafia o argumento de que a ausência física no escritório prejudica o desempenho. Pelo contrário, o ambiente doméstico, quando bem estruturado, pode ser mais propício à concentração e ao engajamento.
Essas conclusões reforçam a ideia de que o modelo híbrido ou totalmente remoto pode ser mais do que uma medida emergencial — ele pode representar uma evolução nas relações de trabalho.
Tanto empregadores quanto empregados têm muito a ganhar com a flexibilidade e o respeito às diferentes necessidades individuais que esse novo cenário propõe.