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Esse território não tem governante e é maior que a França

Por Leticia Florenço
16/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Grande porção de lixo do Pacífico - Reprodução

Grande porção de lixo do Pacífico - Reprodução

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No coração do Oceano Pacífico Norte, entre a Califórnia e o Havaí, flutua uma massa colossal, porém invisível a olho nu, uma “ilha” de lixo que já ultrapassa 160 mil km², maior que o território francês.

Apesar do tamanho surpreendente, esse não é um território governado por nenhum país, tampouco habitado por humanos. Em vez disso, trata-se de uma mancha densa de resíduos plásticos, um dos maiores símbolos da crise ambiental global.

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A chamada “Grande Porção de Lixo do Pacífico” é uma acumulação gigantesca de detritos plásticos e outros materiais não biodegradáveis, concentrados pelas correntes marítimas. Ao contrário do que o termo “ilha” sugere, não há solo firme, areia ou vida humana, trata-se de uma sopa espessa e tóxica de microplásticos, pedaços de redes de pesca e lixo descartado.

Origem e crescimento contínuo

A formação dessa massa está diretamente ligada ao descarte irresponsável de resíduos em terra, aliado às atividades marítimas, como a pesca industrial. Estima-se que cerca de 1,3 milhão de toneladas de plástico são lançadas nos oceanos anualmente.

Como o plástico não se decompõe naturalmente, os fragmentos acumulam-se ao longo de décadas, com resíduos desde os anos 1980 ainda presentes.

Surpreendentemente, 94% dos fragmentos são microplásticos, partículas minúsculas, invisíveis a olho nu, que contaminam toda a cadeia alimentar marinha. Além disso, redes de nylon e armadilhas abandonadas (conhecidas como “redes fantasmas”) flutuam presas, causando danos fatais à fauna oceânica.

Impactos ambientais e ameaças à vida marinha

O território flutuante tornou-se um verdadeiro veneno para a biodiversidade marinha. Espécies ameaçadas, como tartarugas, tubarões, baleias e pinguins, sofrem diretamente com a ingestão e o enredamento nesses resíduos. O plástico atua como vetor de toxinas e até de espécies invasoras, alterando o equilíbrio natural dos oceanos.

Curiosamente, mais de 46 espécies de invertebrados foram identificadas colonizando essa ilha de lixo, formando um ecossistema distópico, um habitat artificial e prejudicial. Essa descoberta evidencia como a ação humana tem modificado até os lugares mais remotos, criando ambientes que não deveriam existir.

Falta de governança

Ao contrário de países ou territórios soberanos, essa mancha de lixo não possui governante, nem leis específicas que controlem sua existência ou mitigação. Sua localização no alto mar coloca o problema fora do alcance direto das legislações nacionais, tornando sua limpeza e controle um enorme desafio internacional.

Embora impressionante pela escala, essa “ilha” é um alerta sombrio sobre a crise ambiental. Não é uma descoberta positiva, mas um reflexo do desperdício, da poluição e da negligência humana. A presença desse território poluído sinaliza um desastre ecológico em curso, ameaçando a saúde dos oceanos e do planeta.

O papel da ciência e das organizações ambientais

Cientistas e ONGs, como a Oceana, têm monitorado essa área por satélites e expedições marítimas, alertando sobre a necessidade urgente de políticas globais de redução de plástico, melhor gerenciamento de resíduos e ações efetivas de limpeza oceânica.

Enquanto ela continuar crescendo, silenciosa e ignorada por muitos, estará nos lembrando que o planeta tem limites, e que nossas ações, por mais distantes que pareçam, sempre acabam voltando, muitas vezes com consequências desastrosas.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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