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Coração pode ser protegido com vacina contra herpes-zóster

Por Leticia Florenço
14/05/2025
Em Mais Tendências, Colunas
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Vacina - Reprodução/Unsplash

Vacina - Reprodução/Unsplash

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A vacina contra o herpes-zóster, tradicionalmente conhecida por seu papel na prevenção de erupções cutâneas dolorosas e debilitantes, tem se mostrado mais eficaz do que se imaginava.

De acordo com um estudo recente publicado no European Heart Journal, a vacinação contra o herpes-zóster pode oferecer uma proteção significativa não apenas contra a infecção, mas também contra doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e doença coronariana.

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Realizado na Coreia do Sul, esse estudo envolveu mais de 1,2 milhão de participantes com 50 anos ou mais e revela como uma simples vacina pode ter efeitos benéficos inesperados para o coração.

Conexão entre herpes-zóster e doenças cardíacas

O herpes-zóster, causado pelo vírus varicela-zóster (o mesmo da catapora), é uma infecção que resulta em erupções cutâneas dolorosas, geralmente em uma faixa do corpo. Embora a doença seja mais comum entre idosos ou pessoas com sistema imunológico enfraquecido, ela pode atingir qualquer pessoa.

Ao longo da vida, estima-se que 30% da população possa ser afetada. A infecção não é apenas uma questão de desconforto físico, mas está relacionada a complicações sérias.

Estudos anteriores sugerem que o herpes-zóster pode causar inflamação nos vasos sanguíneos, danos às artérias e até mesmo a formação de coágulos, todos fatores de risco conhecidos para doenças cardiovasculares.

Benefícios cardiovasculares da vacina

O estudo sul-coreano foi um marco ao indicar que a vacina contra o herpes-zóster pode reduzir em até 23% o risco de problemas cardíacos graves. Especificamente, os participantes que foram vacinados apresentaram:

  • 26% menos risco de eventos cardiovasculares graves, como AVC, infarto do miocárdio ou morte por doenças cardíacas.
  • 26% menos chances de desenvolver insuficiência cardíaca.
  • 22% menos risco de sofrer de doença coronariana.

Esses dados indicam que, além de proteger contra a infecção cutânea, a vacina pode ter um impacto positivo duradouro na saúde do coração, reduzindo a incidência de eventos cardiovasculares severos.

Duração do efeito protetor da vacina

Outro achado interessante da pesquisa é a longevidade do efeito protetor da vacina. De acordo com os pesquisadores, a vacina contra o herpes-zóster pode fornecer uma proteção significativa por até oito anos.

Isso sugere que a imunização não apenas previne o herpes-zóster, mas também pode ter efeitos prolongados na redução do risco de doenças cardíacas, com benefícios a longo prazo.

População mais beneficiada

Os efeitos protetores da vacina foram observados de maneira mais acentuada em certos grupos de pessoas, incluindo:

  • Homens: O benefício cardiovascular foi mais pronunciado no sexo masculino.
  • Indivíduos com menos de 60 anos: As pessoas mais jovens também mostraram uma resposta mais forte à vacina em termos de proteção cardíaca.
  • Fatores de risco comportamentais: Aqueles com hábitos como tabagismo, consumo de álcool e sedentarismo foram particularmente beneficiados pela vacina, já que essas condições aumentam o risco de problemas cardíacos.

Isso sugere que a vacinação poderia ser uma intervenção estratégica em populações com maior risco cardiovascular, oferecendo uma proteção adicional além da prevenção do herpes-zóster.

Mecanismos por trás da proteção cardiovascular

Mas como a vacina contra o herpes-zóster pode impactar a saúde do coração? A explicação está nas complicações associadas à infecção. O herpes-zóster pode desencadear processos inflamatórios que danificam os vasos sanguíneos e aumentam o risco de coágulos, ambos fatores que contribuem para doenças cardíacas.

Ao prevenir a infecção, a vacina não apenas evita os sintomas dolorosos da erupção cutânea, mas também reduz a inflamação e os danos aos vasos sanguíneos, contribuindo para uma melhor saúde cardiovascular.

Limitações do estudo e necessidade de novas pesquisas

Apesar dos resultados promissores, o estudo tem algumas limitações. Como é observacional e focado em uma população sul-coreana, os pesquisadores alertam que os achados podem não ser diretamente aplicáveis a outros grupos étnicos ou populações em diferentes contextos.

Além disso, o estudo analisou uma vacina viva atenuada, que em muitos países está sendo substituída por versões recombinantes que não contêm o vírus vivo. Isso levanta a questão de saber se os resultados seriam igualmente eficazes com as vacinas mais novas.

Os autores recomendam a realização de mais estudos para confirmar os benefícios da vacina contra o herpes-zóster em relação à saúde cardiovascular e para explorar os efeitos de diferentes tipos de vacina.

Implicações para a saúde pública

Os resultados deste estudo podem ter implicações para a saúde pública, especialmente em países com uma população envelhecida e uma alta prevalência de doenças cardiovasculares.

A introdução de vacinas contra o herpes-zóster como uma medida de prevenção secundária para problemas cardíacos pode representar uma forma eficaz de reduzir a carga de doenças cardiovasculares, além de fornecer um meio simples e acessível de prevenção.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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