Quem usa o Uber com frequência já deve ter passado por isso: você chama um carro com três amigos, totalizando quatro passageiros, e ao entrar no veículo ouve do motorista que ninguém pode se sentar no banco da frente.
A única alternativa, nesse momento, é apertar quatro pessoas no banco traseiro — o que não é seguro nem confortável — ou dividir o grupo em dois carros. Isso levanta uma dúvida comum: existe realmente uma regra da empresa impedindo o uso do banco dianteiro?
Esse é o motivo para o Uber não querer que alguém sente na frente
Durante a pandemia de Covid-19, a Uber chegou a impor essa limitação como parte de um pacote de medidas de segurança baseado nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Naquele período, o banco da frente deveria ficar desocupado para garantir o distanciamento entre passageiros e motoristas. Assim, apenas três pessoas podiam ser transportadas por corrida.
Essas restrições, porém, foram temporárias. Com o avanço da vacinação e o afrouxamento das diretrizes sanitárias, a empresa comunicou o fim dessa política.
Hoje, de acordo com a própria Uber, carros cadastrados na categoria padrão podem transportar até quatro passageiros — o que inclui, sim, a utilização do banco da frente.
Então por que, mesmo com a permissão formal, tantos motoristas ainda se recusam a deixar alguém ao seu lado?
Motoristas da Uber são quem escolhem se aceitam passageiro na frente
A explicação está no fator humano: muitos condutores simplesmente não se sentem à vontade com alguém sentado tão próximo, seja por uma questão de segurança, privacidade ou mesmo hábito adquirido durante a pandemia.
A Uber reconhece essa realidade e afirma que, caso o motorista não se sinta confortável, ele tem o direito de recusar a viagem. O mesmo vale para os passageiros.
A empresa oferece a opção de cancelamento para ambas as partes e disponibiliza canais de suporte para lidar com essas situações.
Além disso, o sistema de avaliações mútuas serve como uma forma de preservar a qualidade da experiência para todos os usuários da plataforma.
Ou seja, não há mais uma regra formal que proíba sentar no banco da frente. Quando isso acontece, é por decisão pessoal do motorista — e, segundo a Uber, essa decisão deve ser respeitada.