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Fungo do The Last of Us é real? Saiba se eles existem

Por Leticia Florenço
02/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Fungo zumbi da série ‘The Last of Us’ existe? - Reprodução/Divulgação

Fungo zumbi da série ‘The Last of Us’ existe? - Reprodução/Divulgação

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Com o avanço da segunda temporada de The Last of Us na HBO e Max, as tensões da trama aumentam e novas perguntas surgem a cada episódio.

A jornada angustiante de Joel e Ellie por um mundo devastado por uma infecção assustadora continua a cativar os fãs, mas uma dúvida paira no ar: o famoso fungo zumbi, responsável pela pandemia que assola a humanidade na série, poderia realmente existir no mundo real?

O Cordyceps em The Last of Us

Na ficção de The Last of Us, a civilização desmorona quando o fungo Cordyceps sofre uma mutação, permitindo que ele infecte seres humanos. A transmissão inicial é retratada na série como ocorrendo por meio de alimentos contaminados, como farinha. O fungo rapidamente evolui para uma pandemia global, causando a infecção de grande parte da população mundial.

O que torna essa infecção tão aterrorizante é a transformação progressiva dos humanos infectados em criaturas desfiguradas e perigosas. À medida que o fungo controla seus corpos e mentes, os indivíduos passam a se tornar Corredores, Perseguidores, Estaladores e Baiacus, cada estágio de transformação é mais grotesco e agressivo, levando a humanidade à beira da extinção.

O fungo zumbi

Agora, vamos à grande questão: será que o Cordyceps realmente existe? A resposta, surpreendentemente, é sim. O gênero Cordyceps é real, e inclui várias espécies de fungos parasitas que afetam uma grande diversidade de organismos, incluindo insetos.

O mais famoso deles é o Ophiocordyceps unilateralis, um parasita especializado que infeta formigas, e é com ele que The Last of Us se inspira para criar sua versão fictícia do fungo zumbi.

O Ophiocordyceps unilateralis possui um ciclo de vida macabro que parece retirado diretamente de um filme de terror:

  1. Infecção inicial: Os esporos microscópicos do fungo aderem ao corpo da formiga e penetram seu exoesqueleto, iniciando a infecção.
  2. Controle neural: Uma vez dentro, o fungo libera substâncias químicas que afetam os nervos da formiga, manipulando seu comportamento. Embora não haja controle direto do cérebro, a formiga passa a agir de forma irracional.
  3. Escalada final: Sob controle do fungo, a formiga abandona sua colônia e sobe até uma planta, onde o ambiente é ideal para o crescimento do fungo.
  4. A mordida da morte: A formiga é forçada a prender suas mandíbulas em uma folha ou galho, ficando fixa até sua morte.
  5. Frutificação e dispersão: O fungo cresce e se desenvolve, criando uma haste que emerge da cabeça da formiga, liberando novos esporos para infectar outras formigas.

Esse comportamento é assustador e serve como uma base biológica fascinante para a ficção de The Last of Us. No entanto, apesar de ser real, o Ophiocordyceps afeta apenas insetos e não seres humanos.

Uma pandemia humana de fungos zumbis

Embora o conceito de uma pandemia global de fungos zumbis seja aterrorizante, a realidade científica nos mostra que isso é praticamente impossível. Existem várias barreiras biológicas que tornam uma infecção desse tipo improvável:

Os fungos parasitas, como o Ophiocordyceps, são altamente especializados. Eles evoluíram para infectar insetos específicos, como formigas, e seus mecanismos de infecção são ajustados à fisiologia de seus hospedeiros. Isso significa que eles não têm a capacidade de infectar mamíferos complexos, como os humanos, cujos sistemas biológicos são radicalmente diferentes dos de um inseto.

A temperatura interna do corpo humano, cerca de 37°C, é muito mais alta do que a de muitos organismos que suportam a infecção por fungos como o Cordyceps. A grande maioria dos fungos, incluindo o Cordyceps, prefere ambientes mais frios para crescer, o que inviabiliza sua infecção em mamíferos de sangue quente.

O sistema imunológico humano é muito mais robusto do que o dos insetos. Embora infecções fúngicas possam afetar humanos, como a candidíase ou a aspergilose, essas infecções geralmente ocorrem em pessoas com o sistema imunológico comprometido. Além disso, essas infecções não envolvem o controle comportamental que vemos nos infectados de The Last of Us.

Portanto, a ideia de um fungo controlar a mente humana, como acontece na série, é puramente ficcional e não é compatível com a biologia real. Para que um fungo como o Cordyceps evoluísse para infectar seres humanos da forma como vemos na ficção, seria necessário um salto evolutivo extraordinário, o que, com o conhecimento atual, parece impossível.

O fascínio pelo horror biológico

Apesar de sabermos que uma pandemia de fungos zumbis, como a retratada em The Last of Us, é impossível, o conceito ainda nos fascina e assusta. Ele explora nossos medos mais primitivos: a perda de controle, as doenças que nos afetam, e o poder da natureza, que pode ser tanto bela quanto brutal.

A genialidade de The Last of Us está em pegar um fenômeno biológico real e transformá-lo em uma ameaça apocalíptica plausível, mas com um toque de horror. A série nos leva a refletir sobre como pequenas mudanças no mundo natural podem ter consequências catastróficas, mesmo que, neste caso, o grande perigo esteja apenas no reino da ficção.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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