Tem circulado nas redes sociais a informação de que o QI médio dos brasileiros seria de 83 pontos, posicionando o país na 50ª colocação em um ranking internacional. A divulgação desse dado causou polêmica e revolta, com alguns comentários insinuando que isso comprovaria uma suposta falta de inteligência da população.
Diversas pesquisas ao redor do mundo buscam estimar a média de QI dos países, mas os resultados podem variar bastante. No caso brasileiro, os estudos indicam uma média em torno de 85 pontos, abaixo de países como Vietnã e Malásia.
Nível de QI
O Quociente de Inteligência (QI) é uma ferramenta desenvolvida para medir o desempenho cognitivo de uma pessoa em relação à sua idade cronológica. O conceito foi introduzido no início do século XX pelo psicólogo francês Alfred Binet, com a intenção de identificar crianças que apresentavam dificuldades na aprendizagem. Desde então, o método passou por várias atualizações e hoje analisa capacidades como lógica, linguagem, memória e velocidade de raciocínio.
Apesar disso, o QI continua sendo alvo de controvérsias, principalmente no que diz respeito à sua eficácia como parâmetro universal de inteligência. Estima-se que cerca de 80% do QI tenha origem genética, o que levanta preocupações, pois essa ideia já foi usada para justificar políticas eugenistas no passado.
Média do Brasil
Práticas como esterilizações forçadas e barreiras migratórias baseadas em critérios racistas e pseudocientíficos marcaram um capítulo sombrio da história, resultando em graves violações de direitos humanos. Atualmente, a ideia de vincular QI à noção de “raças superiores” é amplamente rejeitada, já que pesquisas apontam que fatores culturais, sociais e econômicos influenciam muito mais nos resultados dos testes do que qualquer herança genética.
No Brasil, a desigualdade regional é um fator determinante: enquanto Norte e Nordeste registram os menores índices, regiões como Sul e Sudeste apresentam médias mais elevadas. O caminho para o desenvolvimento passa pela promoção de condições que favoreçam o pleno crescimento intelectual da população, com foco em educação de qualidade e cuidados básicos de saúde.