O tribunal de Swansea, no País de Gales, condenou no fim de abril o diretor de uma escola católica após um ataque motivado por ciúmes envolvendo uma colega de trabalho.
Segundo documentos oficiais apresentados durante o julgamento, Anthony John Felton, de 54 anos, foi sentenciado a dois anos e quatro meses de prisão por agredir violentamente o vice-diretor Richard Pyke, de 51, utilizando uma chave-inglesa. O episódio ocorreu no dia 5 de março de 2025, dentro das dependências da St Joseph’s Catholic School, localizada em Port Talbot, sul do País de Gales.
De acordo com informações divulgadas pelo Judiciário do Reino Unido, o ataque foi motivado por um conflito pessoal envolvendo uma professora da mesma instituição. Felton, que mantinha um relacionamento extraconjugal com a funcionária, descobriu que ela estaria envolvida com outros dois colegas, incluindo Pyke, o que desencadeou o surto de violência.
Vale mencionar que o diretor já havia tido um filho com a professora em questão, cuja identidade foi preservada pelas autoridades judiciais. Isso porque o caso envolve aspectos sensíveis de privacidade e comportamento institucional.
A partir da descoberta de novos envolvimentos amorosos da funcionária, Felton arquitetou uma emboscada para o vice-diretor, atraindo-o até uma sala e solicitando que ele lesse um e-mail antes de atacá-lo pelas costas.
Ataque de diretor foi registrado por câmeras de segurança
Outro detalhe importante é que o ataque foi captado por câmeras de segurança da própria escola, o que contribuiu decisivamente para a confirmação dos fatos pela promotoria.
As imagens mostram Felton golpeando a cabeça de Pyke com a ferramenta, enquanto a vítima tentava se proteger e gritar por socorro. O incidente foi interrompido por um terceiro funcionário, que interveio após ouvir a confusão no corredor.
Com isso, Pyke foi levado ao hospital com ferimentos na cabeça, mas sem risco de vida. Mesmo assim, ele permanece afastado de suas funções devido ao trauma causado pelo episódio.
Após a agressão, o diretor enviou um e-mail coletivo aos funcionários da escola, onde admitiu o envolvimento amoroso com a professora e acusou a mesma de manter relações com outros membros da liderança escolar. O conteúdo da mensagem foi considerado grave e contribuiu para o impacto institucional do caso.