O Vaticano anunciou que o conclave para eleger o novo papa começará no dia 7 de maio. A decisão foi tomada durante a quinta congregação geral dos cardeais, realizada nesta segunda-feira (28/4).
Ao todo, 135 cardeais participarão da eleição, incluindo sete brasileiros. Eles se reunirão na Capela Sistina, que já foi fechada ao público para receber os preparativos do conclave.
A maioria dos cardeais foi nomeada pelo papa Francisco (108). Outros foram indicados por Bento XVI (22) e João Paulo II (5). Vale lembrar que, segundo regra de 1970, apenas cardeais com menos de 80 anos podem votar.
Como funciona o conclave?
Durante o conclave, os cardeais ficam hospedados na residência de Santa Marta, no Vaticano. A cerimônia começa com um cortejo da Capela Paulina até a Capela Sistina. As portas são então trancadas e as chaves retiradas, simbolizando o isolamento necessário para a votação.
Na manhã do primeiro dia, há uma missa solene na Basílica de São Pedro. Em seguida, os cardeais iniciam a votação, com etapas bem definidas:
- Três cardeais são sorteados como escrutinadores (responsáveis pela contagem dos votos);
- Outros cuidam dos votos dos cardeais doentes;
- Cada cardeal escreve o nome de seu escolhido numa cédula e a deposita numa urna, após um juramento;
- Os votos são lidos em voz alta e contabilizados.
Para ser eleito, o candidato precisa de dois terços dos votos. Se isso não ocorrer, novas votações são realizadas — duas pela manhã e duas à tarde.
Como o mundo sabe quando um papa é eleito?
Após cada votação, as cédulas são queimadas. A cor da fumaça na chaminé da Capela Sistina indica o resultado:
- Fumaça preta: nenhum papa foi escolhido;
- Fumaça branca: temos um novo papa!
Quando um cardeal é eleito, ele precisa responder a duas perguntas: se aceita ser o novo papa e qual nome deseja adotar. Ao aceitar, torna-se o novo líder da Igreja Católica e bispo de Roma.