Um avião modelo Boeing 737 estacionado ao lado do Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, precisa ser retirado com urgência. A prefeitura da capital gaúcha determinou a remoção imediata da aeronave, sob pena de acionar a Justiça para retomar a posse da área pública.
A medida ocorre após o fim do prazo acordado para a retirada do avião, que pertence à empresa Pinheiro Neto Soluções Corporativas.
Avião em Porto Alegre terá que ser removido às pressas
Segundo a Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap), uma notificação foi encaminhada para a equipe de segurança que vigia o avião. A prefeitura afirma que já tentou entregar o aviso anteriormente na sede da empresa, sem sucesso.
Esta nova tentativa é considerada a última antes de se iniciar uma ação judicial. Caso o proprietário não atenda à ordem prontamente, a administração municipal ingressará com pedido de reintegração de posse para liberar o espaço.
A situação se arrasta desde o fim de janeiro, quando venceu o prazo para a remoção do equipamento.
Inicialmente, o empresário Wolmar Pinheiro Neto, CEO da empresa responsável, alegou estar em negociações avançadas para transferir o Boeing a um município da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Apesar disso, não apresentou prazos concretos para o transporte da fuselagem, limitando-se a informar que parte da estrutura externa já havia sido desmontada e removida, restando apenas o corpo principal da aeronave.
Agora, após 3 meses sem respostas, a prefeitura determinou a retirada do avião do local sob risco de penalidades judiciais para o proprietário.
Carcaça de avião da antiga Varig era atração cultural
O avião chegou ao terreno ao lado do Beira-Rio em abril de 2024, após autorização da prefeitura e uma complexa operação de transporte que envolveu escolta da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) em troca de visitas gratuitas para crianças das escolas da cidade.
A estrutura, que pertenceu à antiga Varig, foi adaptada para funcionar como atração turística e recreativa durante o segundo semestre do ano passado.
Aberta ao público de agosto a dezembro do ano passado, a iniciativa recebeu visitantes em atividades culturais, como apresentações de teatro, música e mágica, além de visitas educativas para crianças de escolas e entidades assistenciais.
Com o fim da temporada de atividades e a não renovação da autorização municipal, a expectativa era de que o avião fosse retirado sem maiores problemas. No entanto, a permanência prolongada da fuselagem em área pública acabou motivando a ação da prefeitura.
Agora, o futuro do “Avião Alegre” depende de uma resposta rápida da empresa proprietária, sob o risco de medidas judiciais serem tomadas para liberar o local.