Com a disparada no preço dos alimentos, o café se tornou mais um item a pesar no bolso do consumidor brasileiro. Nos supermercados, o valor do pó de café subiu de forma considerável, acompanhando a tendência global de alta nos alimentos. As causas vão desde fatores climáticos até pressões do mercado internacional.
Diante desse cenário, quem consome a bebida diariamente tem buscado maneiras de reduzir o impacto desse aumento sem abrir mão do hábito. Uma das estratégias que vem sendo adotada com sucesso é inspirada nas próprias cafeterias: o reaproveitamento criativo do que sobra.
Segredo das cafeterias para economizar nas compras do café
Em vez de jogar fora o café que não foi consumido, a dica é transformá-lo em uma bebida gelada e saborosa. Após esfriar, ele pode ser colocado em forminhas de gelo e levado ao congelador. Esses cubos, depois de congelados, viram a base para uma batida gelada no liquidificador.
Para preparar, basta bater os cubos de café com leite gelado. Quem quiser dar um toque especial pode acrescentar creme de leite e chocolate em pó, criando uma bebida cremosa que lembra as versões vendidas em cafeterias.
O resultado é refrescante e ideal para dias quentes — além de evitar o desperdício.
Essa prática, simples e eficaz, ajuda a economizar de duas formas: reduz o volume do que vai para o lixo e evita gastos com bebidas prontas fora de casa.
O reaproveitamento de ingredientes é comum em estabelecimentos especializados, que não podem se dar ao luxo de desperdiçar insumos caros. Agora, a mesma lógica começa a ganhar espaço nas residências.
Mas por que o café ficou tão caro? Entenda os motivos
Segundo especialistas e autoridades do governo, o aumento desse e de outros alimentos, como os ovos, está ligado a uma combinação de eventos extremos, como secas e enchentes, que afetaram lavouras no Brasil e em países exportadores.
Além disso, a valorização do dólar no final de 2024 incentivou produtores a priorizarem a exportação, o que diminuiu a oferta interna. Como agravante, a demanda global por alimentos como o café segue elevada, já que em outros países produtores o descontrole do clima também afetou a lavoura e elevou os preços no mundo.
Apesar do momento desafiador, há expectativa de melhora. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que as medidas adotadas pelo governo devem começar a surtir efeito nos próximos meses.
Segundo ela, com a chegada da nova safra e ações para melhorar a distribuição dos alimentos, os preços dos alimentos em geral tendem a começar a cair até junho de 2025.