A Agência Câmara de Notícias confirmou o andamento do Projeto de Lei 4474/20 que propõe uma reformulação no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), permitindo que candidatos se preparem fora das tradicionais autoescolas.
É importante mencionar que a medida, que ainda está em análise na Câmara dos Deputados, propõe tornar facultativa a frequência em centros de formação, o que pode impactar diretamente o papel dos veículos utilizados por essas instituições.
Com a aprovação da proposta, tanto o ensino teórico quanto o prático poderão ser realizados de forma independente, desde que cumpram critérios estabelecidos pelos órgãos de trânsito.
Isso porque, para o exame prático, o instrutor deverá ser credenciado e o veículo identificado conforme normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O projeto também prevê que os materiais didáticos para a prova teórica estejam disponíveis gratuitamente nos sites oficiais dos departamentos de trânsito estaduais, como o Detran-SP.
Transformações no ensino e nos veículos utilizados
Outro detalhe importante é que, paralelamente à discussão da flexibilização do processo de habilitação, o debate sobre a renovação da frota das autoescolas também tem ganhado destaque.
Propostas recentes no Congresso sugerem a exigência de veículos mais modernos nesses estabelecimentos, com o objetivo de aumentar a segurança durante as aulas práticas e oferecer uma experiência de aprendizado mais compatível com as exigências atuais do trânsito urbano.
Veículos novos, equipados com tecnologias como freios ABS e airbags, podem contribuir para a redução de acidentes. Além disso, recursos como carros com direção elétrica e câmbio automático facilitam o ensino e tornam o processo de aprendizagem mais acessível.
Com isso, o setor de ensino de condução passa a exercer também um papel na modernização da mobilidade e na sustentabilidade ambiental, já que veículos mais recentes tendem a emitir menos poluentes.
Fim das autoescolas como conhecemos?
Vale mencionar que a proposta ainda tramita em conjunto com mais de 200 outras que propõem mudanças no Código de Trânsito Brasileiro. A depender da aprovação, o modelo atual de ensino veicular poderá sofrer uma transformação profunda, com impactos diretos na estrutura e até na existência das autoescolas tradicionais.